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PSD acusa Governo de aumentar em 11% os contratos a termo na função pública

Os social-democratas consideram que os trabalhadores precários da administração pública se sentem “justificadamente enganados” pelo Executivo de António Costa, que ainda não integrou nos quadros os 31 mil profissionais com que se comprometeu.
22 Novembro 2019, 12h35

O Partido Social Democrata (PSD) acusou esta sexta-feira o Governo de aumentar em cerca de 11% os contratos a termo na função pública. O PSD considera que os trabalhadores precários da administração pública se sentem “justificadamente enganados” pelo Executivo de António Costa, que ainda não integrou nos quadros os 31 mil profissionais com que se comprometeu.

“Se compararmos o último trimestre de 2015, ou seja, o que antecede a entrava em vigor do governo da geringonça, o peso dos contratos a termo na Administração Pública era de 9,7%, agora é perto de 11%”, afirmou o deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira, num debate promovido do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) sobre os trabalhadores precários do Estado.

Jorge Paulo Oliveira acusou o Governo de “enganar os portugueses” e recordou que o Executivo começou por criar a expectativa de integrar nos seus quadros 116 mil trabalhadores precários, mas que rapidamente reduziu esse número para 31 mil. “Significa que, de uma assentada, deitou borda forma mais de 80 mil trabalhadores precários”, indicou.

“O governo engana os trabalhadores, nomeadamente os 31 mil que restavam, que supostamente deveriam ter sido integrados nos quadros da Administração Pública até 31 de dezembro do ano passado. A esmagadora maioria desses 31 mil trabalhadores precários continuam como sempre estiveram: na maior precariedade”, afirmou Jorge Paulo Oliveira.

O deputado social-democrata questionou ainda o BE se vai fazer oposição a este governo ou “se vai retomar a narrativa de convivência com o governo, tal como fez na anterior legislatura”.

Mais de 20 mil trabalhadores precários foram abrangidos até agora por concursos para integração nos quadros do Estado, segundo um comunicado conjunto dos ministérios do Trabalho e das Finanças emitido esta quinta-feira. O Executivo de António Costa diz ainda, no documento, que até à data foram analisadas 33 mil situações de precários.

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