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PSD acusa Governo de promiscuidade na contratação de Sérgio Figueiredo

Para o social democrata a contratação evidencia “uma grande promiscuidade entre o Partido Socialista e o Governo com alguns órgãos de comunicação social e as pessoas que aí trabalham”.
9 Agosto 2022, 15h45

O deputado do PSD, Duarte Pacheco, criticou a contratação do ex-diretor de Informação da TVI, Sérgio Figueiredo, pelo Ministério das Finanças.

“Aquilo que o doutor Sérgio Figueiredo tem em experiência e competência reconhecidas é na política de comunicação, todos percebemos que as funções que estão adstritas são um disfarce para aquilo que é a grande preocupação do Governo, que é a área da comunicação”, referiu Duarte Pacheco à Renascença esta terça-feira.

Para o social democrata a contratação evidencia “uma grande promiscuidade entre o Partido Socialista e o Governo com alguns órgãos de comunicação social e as pessoas que aí trabalham”.

Além do PSD também o BE criticou a contratação de Sérgio Figueiredo. “As escolhas públicas não podem estar reféns de redes de amigos ou do pagamentos de favores, o Governo deve explicações ao país e não pode esconder-se atrás da maioria absoluta para não as dar”, sublinhou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares.

Também Susana Coroado, presidente da organização não-governamental Transparência Internacional (TI) Portugal admitiu à “Lusa” estar indignada. “Por um lado, vemos com indignação, porque há várias dimensões graves nesta nomeação que, na realidade, legalmente, é uma contratação, mas, por outro lado, não nos surpreende porque corresponde a um padrão de patronagem política e de nomeação de amigos e de troca de favores que vem a acontecer há vários anos em Portugal”, frisou.

Sérgio Figueiredo vai assessorar o Ministério das Finanças na “auscultação dos stakeholders relevantes na economia portuguesa”. De acordo com o jornal “Público” o contrato vai estender-se por dois anos, durante os quais Sérgio Figueiredo terá um ordenado equiparado ao vencimento mensal base dos ministros, ou seja, 4.767 euros.

O gabinete de Medina justificou ainda que escolheu Sérgio Figueiredo, com base na natureza das qualificações especializadas do consultor “inerentes a serviços de natureza intelectual”.

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