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PSD. Adão Silva formaliza candidatura a líder de uma bancada “profundamente coordenada” com Rui Rio

Adão Silva anunciou que a sua candidatura à presidência do grupo parlamentar social-democrata será “de continuidade” e assentará numa lógica de “unidade” entre o grupo parlamentar e a direção de Rui Rio.
15 Setembro 2020, 18h26

O deputado e atual vice-presidente do grupo parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), Adão Silva, formalizou esta terça-feira a candidatura a líder parlamentar do partido. Adão Silva anunciou que a sua candidatura à presidência do grupo parlamentar social-democrata será “de continuidade” e assentará numa lógica de “unidade” entre o grupo parlamentar e a direção de Rui Rio.

“A minha candidatura é marcada, e quero que seja marcada, por uma lógica de unidade no grupo parlamentar, que não se resume apenas ao grupo parlamentar, mas que nos deixa mais apetrechados e capazes para fazermos o nosso trabalho enquanto representantes de todos os portugueses”, afirmou Adão Silva, após formalizar a entrega da sua candidatura a líder do grupo parlamentar do PSD.

A lista de Adão Silva tem como primeiro subscritor o presidente do PSD, Rui Rio, e mantém os nomes que já tinha proposto em março, antes de a eleição ser adiada devido à pandemia da Covid-19. Na lista, sugere a recondução dos atuais ‘vices’ da bancada ‘laranja’ (Carlos Peixoto, Luís Leite Ramos, Clara Marques Mendes, Ricardo Baptista Leite e Afonso Oliveira) e a inclusão da deputada Catarina Rocha Ferreira na vice-presidência.

Adão Silva referiu que a lista que apresentou estará “profundamente coordenada com os órgãos do partido”, sobretudo com a direção de Rui Rio, e rejeita que o grupo parlamentar seja visto como uma espécie de órgão mais autónomo do partido. “Essa coordenação [entre o grupo parlamentar e a direção do partido] é, para mim, inquestionável”, disse.

O candidato a líder parlamentar do PSD sublinhou ainda que vai procurar “zelar, unir, intervir e trabalhar para que o futuro de todos os portugueses seja um futuro mais risonho e de maior sucesso em todos os campos e circunstância, sobretudo, num tempo de grande dificuldade como aquele vivemos em Portugal”. Comprometeu-se ainda a reunir mais vezes o grupo parlamentar para discutir temas.

“Os deputados do grupo parlamentar do PSD ficam a saber que vamos fazer mais reuniões, intensificar o debate e vamos, sobretudo, encontrar as melhores soluções, em que estejamos o mais que possível todos de acordo. O PSD é um partido muito plural, temos de respeitar as diferenças de cada um, mas no final prevalecerá a maioria e o pensamento mais articulado com a direção”, frisou.

Segundo o regulamento interno do grupo parlamentar do PSD, as listas que concorrem à direção da bancada devem ser subscritas por um mínimo de 5% dos deputados, o que, com a atual geometria parlamentar, corresponde a quatro deputados. Ou seja, as listas que se apresentarem a estas eleições têm de ser subscritas por, pelo menos, quarto deputados, que não podem ser os mesmos que os nomes propostos para a direção.

As eleições para a direção do grupo parlamentar do PSD estão marcadas para esta quinta-feira, dia 17. Depois de o deputado Pedro Pinto ter retirado a candidatura, por falta de apoio para concorrer à liderança da bancada, Adão Silva será candidato único a suceder a Rui Rio enquanto presidente do grupo parlamentar.

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