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PSD apoia estado de emergência e diz que “nada de bom viria” se à Covid-19 se juntasse uma “crise política”

Na discussão da renovação do estado de emergência até 30 de abril, o deputado social-democrata Luís Leite Ramos lamentou que o Governo não tenha sido mais “responsável” e “coerente”, mas sublinhou que, em nome do interesse do país, é preciso dar ao Executivo socialista os instrumentos necessários para combater a pandemia.
14 Abril 2021, 16h22

O Partido Social Democrata (PSD) anunciou esta quarta-feira que vai apoiar o estado de emergência e que “nada de bom viria” se à Covid-19 se juntasse uma “crise política”. O deputado Luís Leite Ramos lamentou que o Governo não tenha sido mais “responsável” e “coerente”, mas sublinhou que, em nome do interesse do país, é preciso dar ao Executivo socialista os instrumentos necessários para combater a pandemia.

“O PSD tem votado favoravelmente o estado de emergência e sempre deu espaço ao Governo para governar. Responsavelmente sabemos que nada de bom viria para Portugal se a uma crise de saúde pública, com gravíssimas consequências sociais e económicas, se juntasse crise política. Podia ser uma opção do partido, mas nunca foi”, referiu, em debate no Parlamento sobre a renovação do estado de emergência até 30 de abril.

Luís Leite Ramos admitiu que “não há seguramente ninguém que esteja satisfeito” com as sucessivas renovações do estado de emergência e com “as limitações a que o mesmo pode conduzir”, mas sublinhou que o país tem de “continuar resiliente como estão a ser os portugueses”.

“Não podemos responder ao esforço com falta de clareza, com avanços e recuos, com impreparação e amadorismo. Temos de responder com responsabilidade e confiança, certos que o caminho que tomámos é o que melhor serve Portugal e os portugueses”, disse. “Esperávamos um Governo responsável e ativo, solidário e presente, assertivo e coerente. Mas não é isso que temos assistido”, lamentou o deputado.

E deu como exemplo a degradação dos serviços públicos, que para o PSD “foi flagrante”, e as “promessas vãs” e “datas que foram sempre adiadas” ao longo da pandemia.

“Que este estado de emergência seja um estado de emergência e de transparência e de respeito, porque os portugueses merecem essa atitude do Governo, Já deram tudo o que tinham, já confiaram, já cederam, já permitiram que a sua liberdade fosse condicionada agora querem ajuda para se reerguer e seguir em frente com confiança, rumo e sem recuos”, rematou.

A renovação do estado de emergência vai permitir ao Governo manter o confinamento geral e as medidas decretadas para travar a pandemia em Portugal, em linha com o “faseamento do plano de desconfinamento”. Vai também permitir continuar um “plano faseado de reabertura das escolas”, articulado com “testagem, rastreamento e vacinação”, e suspender ou limitar as chegadas a Portugal.

Este é o décimo quinto estado de emergência a ser discutido e votado na Assembleia da República devido à pandemia de Covid-19.

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