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PSD apresenta moção a “saudar Medina” por novos centros de saúde e vota contra

A poucos meses das eleições autárquicas de 2017, Medina anunciou a construção de 14 novos centros de saúde em Lisboa. No entanto, passado um ano, nenhum está concluído. PSD apresentou moção a “saudar” ironicamente o (não) cumprimento da promessa.
24 Abril 2018, 19h57

“Saudar Medina e a conclusão das obras dos seus novos centros de saúde em Lisboa”. Assim se intitula a moção do PSD reprovada hoje na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), não tendo obtido um único voto favorável. Ou seja, os deputados municipais do PSD votaram contra a própria moção que apresentaram. Aliás, a presidente da AML, Helena Roseta, chegou a propor retirar a moção, mas acabou por permitir a votação da mesma.

“A 14 de março de 2017, em vésperas de eleições autárquicas, o PS da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o PS do Governo juntaram-se para anunciar a construção de 14 novos centros de saúde para servir a cidade de Lisboa. Os novos centros de saúde, construídos essencialmente em parceria com a CML, iriam, numa primeira fase, substituir os que se encontravam com sinais de maior degradação das infraestruturas”, começa por recordar o texto da moção.

“Era uma visão ambiciosa, que se traduzia claramente nas palavras do presidente de CML, Fernando Medina: ‘Fazemos este investimento porque podemos’. De acordo com o que foi na altura anunciado, as obras começariam até ao final de 2017 e estariam todos concluídos em 2020”, sublinha. O facto é que, passado um ano, nenhum dos 14 centros de saúde está concluído ou em fase avançada de construção.

No final do texto, em forma de ironia, os deputados do PSD propõem “saudar o cumprimento dos compromissos pré-eleitorais de Medina, com especial destaque para a iminente conclusão da construção do Centro de Saúde do Parque das Nações”, “comunicar ao ministro Adalberto Campos Fernandes que quando visitar em Lisboa as obras em estado avançado dos vários centros de saúde que anunciou, não se deve recatar e deve mesmo convocar a comunicação social e esta Assembleia para o acompanhar”, “destacar o sucesso deste projeto confirmando a visão do ministro da Saúde de que se trata de um exemplo da ‘virtude de uma nova geração de parcerias públicas'”.

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