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“Passos Coelho voltará a ter responsabilidades políticas”

Em declarações ao Jornal Económico, Carlos Carreiras defende que, “no futuro, o país e o PSD não deixarão de voltar a aproveitar a estatura de estadista, a competência, o conhecimento e a sensibilidade de Pedro Passos Coelho”.
4 Outubro 2017, 07h45

O dirigente do PSD Carlos Carreiras considera que Pedro Passos Coelho não vai acabar para a política, depois de deixar a presidência do PSD. Vai voltar a ter responsabilidades, a nível nacional ou internacional.

Pedro Passos Coelho anunciou a 2 de outubro que não irá recandidatar-se a presidente do PSD nas próximas eleições diretas.

Em declarações ao Jornal Económico, Carlos Carreiras defende que, “no futuro, o país e o PSD não deixarão de voltar a aproveitar a estatura de estadista, a competência, o conhecimento e a sensibilidade de Pedro Passos Coelho”.

“Políticos com a estatura de Passos Coelho Portugal não tem, nem teve muitos”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de uma candidatura do ainda líder do PSD à Presidência da República, Carreiras diz que não é o único caminho. “Não necessariamente”, disse, acrescentando que Passos Coelho pode voltar a ter responsabilidades “na política nacional ou internacional”.

Aquele que foi o coordenador autárquico do PSD para as eleições de 1 de outubro considera que que a decisão de Pedro Passos Coelho de não se recandidatar à liderança do PSD foi “de uma grande dignididade” e que vai ajudar a resolver “o ambiente perverso” que se vive na política portuguesa e em “alguns sectores minoritários” do partido.

Carlos Carreiras considerou, também, que Passos Coelho “acabou por ser o cimento da coligação de esquerdas unidas” que suporta o atual governo socialista de António Costa, por ser a “única e exclusiva razão que os mantém unidos”.

“A decisão de [Passos Coelho] não se candidatar foi de uma grande dignidade, honestidade e verticalidade”, afirmou Carreiras, acrescentando que “ajudará a resolver o ambiente perverso, demagogo e populista que se vive na política portuguesa e em alguns sectores do PSD”.

Carreiras critica, também, de forma dura os opositores internos: “[Passos Coelho foi] o biombo que esconde a incapacidade, a incompetência e a falta de verticalidade e de dignidade dos poucos opositores internos”, afirmou.

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