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PSD considera que Governo foi “incapaz de apoiar empresas com a dimensão que a crise exigia”

O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Afonso Oliveira, considerou, em debate no Parlamento, que o Programa de Estabilidade falhou no apoio às empresas, esquecendo que “são as empresas que criam emprego e pagam salários”, e deixou de lado investimentos essenciais nos serviços públicos.
  • Mário Cruz/Lusa
29 Abril 2021, 16h17

O Partido Social Democrata (PSD) acusou esta quinta-feira o Governo de ter sido incapaz de apoiar as empresas “com a dimensão que a crise exigia”. O vice-presidente da bancada do PSD, Afonso Oliveira, considera que o Programa de Estabilidade falhou no apoio às empresas, esquecendo que “são as empresas que criam emprego e pagam salários”, e deixou de lado investimentos essenciais nos serviços públicos.

“Ao longo deste ano excecional de pandemia, foi sempre incapaz de perceber uma das suas principais obrigações: apoiar as empresas com a dimensão que a crise exigia. Perceber que são as empresas que criam emprego e pagam salários”, referiu Afonso Oliveira, na apresentação e discussão do Programa de Estabilidade, no Parlamento.

Afonso Oliveira questionou a opção do Governo em “não apoiar as empresas na dimensão em que o Governo estava autorizado em 2020” e porque é que “optou por não o fazer quando as empresas mais precisavam desse apoio”. Disse ainda que “o Governo foi incapaz, ao longo dos últimos cinco anos, de fazer investimento público que respondesse às necessidades”, como se verificou no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em resposta às questões do PSD, o ministro do Estado e das Finanças, João Leão, garantiu que “serão atribuídos 5 mil milhões de apoios diretos às empresas” e que, através do programa investEU, “estarão disponíveis mais 9 mil milhões de euros de financiamento para as empresas”.

“O Governo tem feito um conjunto muito significativo, forte e robusto de apoios às empresas”, garantiu, sublinhando que, “só no primeiro trimestre”, foram executados cerca de 1.200 milhões de euros a fundo perdido.

Programa de Estabilidade 2021/2025, aprovado pelo Governo em 15 de abril, prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4% este ano, abaixo dos 5,4% anteriormente previstos, e 4,9% em 2022. A dívida pública deverá ficar nos 128% do PIB, baixando depois para 114% em 2025, e o défice ficará nos 4,5% este ano, a partir de 2022 atingirá o valor de 3,2%, e a partir de 2023 voltará a ficar abaixo dos 3%.

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