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PSD contra taxa turística no Funchal

O Vereador do PSD Jorge Vale Fernandes referiu que a taxa não passa de “mais uma medida predatória do Executivo socialista sobre as empresas e os empresários da cidade mas, também, sobre as muitas famílias que dependem desta atividade”.
16 Janeiro 2020, 16h19

A veração do PSD votou contra a implementação da taxa turística no Município do Funchal, alegando que a mesma não tem qualquer razoabilidade na atual conjuntura, nem justificação.

O Vereador do PSD Jorge Vale Fernandes referiu que a taxa não passa de “mais uma medida predatória do Executivo socialista sobre as empresas e os empresários da cidade mas, também, sobre as muitas famílias que dependem desta atividade”.

“Enquanto que uns trabalham, de forma séria e responsável, em prol do turismo da Madeira, outros optam, de forma unilateral e leviana, por medidas que, na atual conjuntura, são inadequadas, inoportunas e, inclusive, prejudiciais à imagem do destino e desta cidade, em particular, sem que existam razões de fundo para que as mesmas avancem”, sublinhou, reforçando que “esta é a típica postura deste Executivo, que primeiro anuncia e decide sozinho e, só depois, pondera e avalia se faz sentido”.

Jorge Vale Fernandes realçou que o setor do turismo é essencial para a economia regional, representando cerca de 30% do PIB gerado na Região e empregando cerca de 17% da força de trabalho existente, ou seja, cerca de 20 mil famílias que têm o seu ganha-pão assegurado com esta atividade. “Isto obrigaria a outra atenção e responsabilidade por parte do Executivo camarário”, frisou.

O Vereador exemplificou, em contraponto, a estratégia que outras entidades e associações empresariais ligadas ao Turismo, assim como, também, o Governo Regional, têm vindo a seguir, nesta área, vincando, como exemplo, a duplicação das verbas que foi concretizada, pelo Executivo regional, à promoção turística do destino.

“A Câmara Municipal do Funchal faz exatamente o oposto, prejudicando o setor. Não existe nenhuma razão objetiva ou quantitativa que leve a autarquia a introduzir esta taxa, até porque, nos últimos anos, esta tem tido lucro, cerca de 20 milhões de euros acumulados desde 2014, lucro esse que nem sequer é devolvido aos munícipes. Certamente que o Executivo socialista não vem criar esta taxa porque precisa de mais dinheiro, uma vez que, além do seu saldo Orçamental, é público que tem vindo a desperdiçar financiamentos, nomeadamente oriundos da Europa”, concluiu.

A Vereadora do CDS Ana Rita Gonçalves também realçou que esta é uma “taxa questionável”, já que não traz benefício direto a quem a paga, e por outro lado referiu que esta não é, certamente, a altura mais oportuna, dado o decréscimo no número de dormidas na Região, o condicionamento do aeroporto, bem como a falência de alguns operadores turísticos.

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