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PSD diz que renovação do estado de emergência é “indiscutível” e apela à “testagem massiva”

O líder social-democrata, Rui Rio, defende que o prolongamento do estado de emergência é “indiscutível” dada a situação epidemiológica atual e sugere ao Governo que avance com a “testagem massiva” da população e a definição de metas estratégicas e “equilibradas” para o desconfinamento.
  • JOSÉ COELHO/LUSA
10 Fevereiro 2021, 18h31

O Partido Social Democrata (PSD) anunciou esta terça-feira que vai votar favoravelmente a renovação do estado de emergência até ao final de fevereiro, que será votada amanhã no Parlamento. O líder social-democrata, Rui Rio, defende que o prolongamento do estado de emergência é “indiscutível” e sugere a “testagem massiva” da população e a definição de metas estratégicas e “equilibradas” para o desconfinamento.

“Aquilo que transmitimos ao senhor Presidente da República é que contará com o voto favorável do PSD. Votámos sempre a favor do estado de emergência, conscientes da gravidade da situação em Portugal e não teria lógica não o fazermos agora quando sempre a fazê-lo no passado”, afirmou Rui Rio, após ter estado reunido com o Presidente da República (por videoconferência) para discutir a renovação do estado de emergência.

O líder social-democrata considera que é necessário que se avance também com a “testagem massiva” da população e a fixação de linhas ou metas estratégicas para o desconfinamento. “Quando atingirmos um valor que se entender equilibrado e desconfinarmos, a seguir começamos a testar em massa para procurar não confinar outra vez. Cada vez que se apanhar um infetado, isola-se e quebramos a cadeia de contágio”, explicou.

Para o PSD, essa ideia, transmitida pelo epidemiologista Manuel Carmo Gomes na reunião do Infarmed desta terça-feira, de reforçar a testagem é “de bom senso”. “Não é preciso começarmos a testar já, porque estamos todos confinados, mas o Governo tem estes 15 dias para se preparar para o país estar disponível para daqui a 15 dias começar a testar, assim que começarmos a desconfinar”, defendeu.

Rui Rio alertou também para a “escassez de pessoal” no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e lembrou que o decreto presidencial do estado de emergência atualmente em vigor previa a contratação de profissionais de saúde reformados. Salientou, no entanto, que “a habitual burocracia que existe em Portugal não permitiu até à data o recurso a essa ajuda” que considera ser “fundamental” para travar a pandemia.

atual período de estado de emergência termina às 23h59 do próximo domingo, 14 de fevereiro, e foi aprovado no Parlamento com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN, abstenção do BE e votos contra de PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal.

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