O Partido Social Democrata (PSD) concorda com a renovação do estado de emergência por um período de oito dias, que vigorará entre 8 e 15 de janeiro. O vice-presidente do PSD David Justino defende que é “indispensável” um estado de emergência mais curto para perceber quais os efeitos do período de Natal e passagem de ano no número de novos casos de Covid-19, e se tomar medidas mais “sólidas e razoáveis”.
“Quando se votar a renovação do estado de emergência, o PSD votará a favor dessa mesma renovação. (…) Subscrevemos a fundamentação que o senhor Presidente nos apresentou [para a renovação do estado de emergência por um período mais curto]”, disse David Justino, à saída da reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a renovação do estado de emergência entre 8 e 15 de janeiro.
O vice-presidente social-democrata justificou o voto favorável à renovação deste estado de exceção por oito dias dizendo que “os efeitos que o período das festas poderão ter sobre um aumento da contaminação só serão sentidos a partir da próxima semana”. “Nesse sentido, temos aqui um período intercalar absolutamente indispensável”, referiu, acrescentando que “liberdade sem responsabilidade é algo que não podemos aceitar”.
David Justino disse ainda que o PSD está disponível para “analisar os resultados mais sólidos e mais razoáveis”, após a reunião com os epidemiologistas no Infarmed, que está marcada para a próxima terça-feira, para “se fazer uma nova avaliação sobre o que se fará após esses oito dias do estado de emergência”.
O novo estado de emergência deverá vigorar entre 8 e 15 de janeiro. No sábado, no primeiro debate das presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que esta renovação do estado de emergência terá “o mesmo regime” por oito dias, justificando essa alteração com a falta de dados suficientes relativos ao período natalício, que só serão conhecidos na reunião de terça-feira no Infarmed, em Lisboa.
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