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PSD e CDS-PP acusam executivo do Funchal de má gestão na empresa Frentemar

O PSD refere que a dissolução da Frentemar resulta de “da má gestão, devido à falta de rigor e incompetência, e de uma política sem transparência”, enquanto que o CDS-PP questionou “como se pode gerir o património público quando depois vão falindo as empresas”.
30 Janeiro 2020, 10h02

A dissolução e encerramento da Frentemar até final do ano e consequente integração da empresa municipal na estrutura da Câmara Municipal do Funchal, levou a que o PSD acusa-se o executivo municipal, apoiado pelo PS, de má gestão e de falta de transparência, enquanto que o CDS-PP questiona como se pode gerir património público quando se vai falindo empresas, durante a sessão plenária que decorre na Assembleia Legislativa da Madeira.

“O PS ter tentado dar lições de gestão na Assembleia da Madeira, mas o que vemos hoje é que onde o PS é poder a palavra de ordem é falência, dívida e prejuízo. 1,2 milhões de euros de dívida da Frentemar. É consequência direta da má gestão, irresponsabilidade, e incompetência do executivo do município”, afirmou Rubina Leal, deputada do PSD.

Rubina Leal refere ainda que a resposta do executivo municipal do PS tem sido sempre a mesma, a culpa é das vereações do PSD, apesar da autarquia do Funchal ser governada e apoiada pelo PS “há seis anos, de se ter injetado milhares de euros na compra de ingressos, transferências de milhares de euros para indemnizações laborais, falha de pagamentos de salários e subsídio de natal, de ter abdicado de 95% dos parquímetros, uma dívida tributária que levou à penhora das contas bancárias do município, e de terem negado os esclarecimentos do PSD e inclusive uma auditoria externa à Frentemar”.

A social democrata acusou ainda o executivo municipal e ainda Paulo Cafôfo, antigo presidente da Câmara do Funchal e atual deputado do PS, e Miguel Iglésias, deputado do PS, e ainda de Miguel Gouveia, atual presidente da autarquia do Funchal, como os responsáveis pelo estado da empresa Frentemar.

“É este o rigor e boa gestão financeira de que o PS fala”, questionou a deputada do PSD. “A maior mancha da frente mar é o encerramento da empresa, da má gestão, devido à falta de rigor e incompetência, e de uma política sem transparência. Hoje é o futuro de 116 trabalhadores que estão colocadas em causa”, acrescentou.

Rubina Leal denunciou ainda o brutal aumento em 125% no número de trabalhadores na Frentemar, após 2013, feito pelo executivo municipal, referindo que se a empresa se transformou numa “central de compras e muito mais, para retribuir favores e que nunca desempenharam funções, mas estiveram na folha salarial, e que agora têm lugares em departamentos do município”.

A social democrata salientou que “em 2011 e 2012 a Frentemar era das empresas municipais com melhores resultados económicos, e que em 2013 o resultado líquido era positivo, enquanto que em 2016 e 2017 consta da lista dos piores resultados líquidas e no final de 2018 a empresa permanecia em falência técnica”.

O CDS-PP, através do deputado Lopes da Fonseca, acusou o PS de usar o princípio do “faz o que digo não faças o que eu faço”, e que a Frentemar é exemplo dessa prática.

“Os parques que estavam no privado e em geridos pelos, o PS quis apropriar-se da gestão do parques e tal como a Frentemar acabaram por falir”, afirmou o centrista.

“Como podem gerir o património público quando o PS faliu quando depois vão falindo as empresas”, questionou o deputado do CDS-PP.

De referir que na passada quarta-feira o PTP, com representação na Assembleia Municipal do Funchal, afirmou que o encerramento da Frentemar  só “peca por tardia” mas que não desresponsabiliza a “má gestão” do executivo municipal.

A deputada municipal Raquel Coelho sublinhou que a Frentemar tem servido, desde a sua origem para “alimentar as clientelas partidárias do poder autárquico” e que por isso o PTP tem pedido por várias vezes a dissolução da empresa.

Contudo o PTP alerta que este encerramento da Frentemar não vai apagar “a promiscuidade, a falta de transparência e as ilegalidades cometidas” e pede responsabilidades ao executivo camarário do Funchal.

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