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PSD e CDS-PP querem ouvir “com urgência” ministro da Educação no Parlamento

Os social-democratas e os democratas-cristãos querem que Tiago Brandão Rodrigues dê explicações aos deputados no Parlamento sobre o encerramento das escolas devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 e sobre o que está previsto após a interrupção de 15 dias.
  • Tiago Brandão Rodrigues
25 Janeiro 2021, 17h35

O Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-PP querem ouvir “com urgência” o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na Assembleia da República. Os social-democratas e os democratas-cristãos querem que Tiago Brandão Rodrigues dê explicações aos deputados no Parlamento sobre o encerramento das escolas devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 e sobre o que está previsto após a interrupção de 15 dias.

Em causa está a decisão do Governo de suspender, durante 15 dias, as atividades letivas e não letivas, pelo menos, até ao dia 5 de fevereiro de 2021. Em requerimentos enviados à comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, o PSD e CDS-PP sinalizam que, ao contrário do que aconteceu em março do ano passado, esta não é uma suspensão de aulas presenciais e substituição por aulas online, mas “férias compulsivas”.

O PSD e CDS-PP lembram que que “as férias forçadas” vão obrigar a um “reajustamento do calendário escolar” e, oito meses depois de o Ministro da Educação ter dito que, em setembro ou outubro do ano passado, as escolas deveriam avançar para uma conjugação entre ensino à distância e ensino presencial, “o país deveria estar preparado para enfrentar o cenário possível e provável de um novo confinamento forçado da comunidade escolar”.

O CDS-PP diz ainda que “o ensino presencial é a opção preferencial” e que o ensino à distância tem “muitas assimetrias e limitações”, mas recordam que o partido “insistiu atempadamente para que fosse ponderado” o encerramento das escolas devido à evolução da pandemia e a “sua evolução exponencial” entre os mais jovens.

O PSD dá conta de que “os diretores das escolas queixam-se da falta de 300 mil computadores e de técnicos de informática” e alerta que “a capacitação dos docentes em ferramentas digitais ainda não teve início”.

“A produção de conteúdos específicos e de ferramentas adicionais para o acompanhamento dos alunos não saiu do papel. Um conjunto de bloqueios e falhas estruturais e graves que não poderão ser contornas ou resolvidas em apenas duas semanas”, lê-se no requerimento do PSD.

O PSD e CDS-PP questionam, por isso, “qual será o plano” se a situação “se prolongar por mais de 15 dias, como muitos especialistas aventam” e “qual o plano do Governo para que as escolas garantam o ensino a todos os alunos e ninguém fique para trás”.

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