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PSD quer explicações do Governo sobre “prestações sociais indevidas recebidas pela presidente do IEFP”

O principal partido da oposição vem este sábado pôr mais achas na fogueira que envolve Maria Adelaide Franco, que, esta quinta-feira, disse à SIC estar disponível para devolver as verbas recebidas, caso a Segurança Social considere que foram indevidas.
23 Julho 2022, 17h32

O PSD pediu este sábado, 23 de julho, ao Governo que explique o imbróglio que envolve a presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). “Os deputados do PSD querem saber que diligências foram tomadas pelo Governo em relação à Presidente do Conselho Diretivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional que, de acordo com notícias recentes, poderá ter recebido prestações sociais indevidas”, afirma um comunicado do partido enviado às redações.

Numa pergunta dirigida à Ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, os sociais-democratas afirmam que, a ser verdade, esta situação é “de enorme gravidade, desde logo porque está em causa um titular de cargo público, com responsabilidades executivas num Instituto com competências e atribuição em matéria de emprego.”

Para o PSD, o IEFP tem enorme relevância no mercado de trabalho nacional, movimenta elevados montantes nacionais e comunitários e, por isso, tem de registar uma elevação ética sem mácula e uma estrita observância das disposições legais em vigor. “Naturalmente, estar acima de qualquer suspeita deve aplicar-se não só à atividade que o IEFP desenvolve, mas também, e naturalmente, a quem preside à Instituição”, acrescentam os deputados.

Assim, “a bem da salvaguarda do bom nome da Instituição e da sua atual Presidente”, o PSD entende que necessário “um cabal esclarecimento” por parte do Governo.

O jornal Público avançou ontem, em notícia paga que a Segurança Social está a verificar o subsídio de desemprego da presidente do IEFP, de forma a apurar eventuais problemas ou irregularidades. No dia anterior, Maria Adelaide Franco garantiu à SIC estar disponível para devolver verbas “que possa ter recebido indevidamente”.

A polémica estalou no Jornal de Negócios, segundo o qual Maria Adelaide Franco recebeu subsídio de desemprego, durante quase ano e meio, depois de ter cessado o contrato com a empresa que fundou (Mindsetplus) — e na qual viria a ser reintegrada. Enquanto isto, manteve atividades “pontuais” e “não remuneradas” com a empresa.

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