As ações do BCP caíram 2,10% para 0,1353 euros um dia depois de serem conhecidos os requisitos de capital disponível para eventual bail-in. O Banco de Portugal exige um requisito MREL a cumprir pelo BCP a partir de 1 de janeiro de 2024 de 27,29%, resultante dos 23,79% do montante total das posições em risco (TREA) e dos 3,5% do requisito combinado de reservas de fundos próprios (CBR), bem como os 7,23% da medida de exposição total (LRE). A partir de 1 de janeiro de 2022 foi estabelecida uma meta intermediária, onde o BCP deverá cumprir os requisitos de 21,42%, resultante dos 18,17% do TREA e dos 3,25% do CBR, bem como os 7,23% da LRE.

O requisito de MREL tem como objetivo assegurar que os bancos têm fundos suficientes para absorverem perdas e de se recapitalizarem em cenários adversos.

As ações da Sonae caíram 2,21% para 0,95 euros. Também a Galp e a Altri se destacaram nas perdas. A Galp perdeu 1,6% para 8,218 euros e a Altri recuou 1,26% para 5,10 euros.

Entre os 10 títulos do PSI-20 que fecharam no verde o destaque vai para a EDP Renováveis que valorizou 1,15% para 21,14 euros, para a EDP que subiu 0,47% para 4,746 euros; para a  Ramada que avançou 1,70% para 7,16 euros e a Pharol que ganhou 1,6% para 0,082 euros.

Na Europa, os índices franceses e espanhóis dividem sentimento na Europa enquanto os investidores esperam por decisões norte-aamericanas.

As praças europeias encerraram divididas entre as perdas do IBEX (-1,24% para 8.2750 pontos) e os ganhos do CAC (+0,47% para 6.927,6 pontos), com o índice espanhol a ser castigado pelas quedas da Inditex, que apresentou os resultados dos primeiros nove meses do ano, e da Cellnex.

“O setor de Retalho comandou as quedas no universo Stoxx 600, pressionado pela descida da dona da Zara e pela fraca leitura das vendas a retalho nos EUA relativas ao mês de novembro”, refere o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.” Já o setor tecnológico liderou os ganhos, com a ASML e Dassault Systemes em destaque. No plano macroeconómico chegou a indicação de que a inflação no Reino Unido aumentou mais que o esperado em novembro, para os 5,1%, gerando ainda maior curiosidade em perceber qual será comunicação do Banco de Inglaterra amanhã no que respeita às taxas de juro”, adianta o analista da Mtrader.

À hora do fecho europeu as bolsas em Wall Street recuavam, com os investidores a centrar as atenções nas decisões da Fed que serão proferidas a partir das 19h de Lisboa e que podem impactar amanhã na abertura das praças deste lado do Atlântico. Jerome Powell discursa a partir das 19h30, onde se espera que anuncie uma aceleração da retirada de estímulos e dê um novo outlook sobre a inflação que possa sinalizar potenciais movimentos na taxa de juro de referência.

O FTSE 100 de Londres caiu 0,66% para 7.170,75 pontos. Já o FTSE MIB de Milão subiu 0,41% para 26.666 pontos.

Os globais EuroStoxx 50 e Stoxx 600 subiram 0,37% (para 4.159,7 pontos) e 0,27%, respetivamente.

As bolsas da Dinamarca, Suécia e Suíça também fecharam no verde.

O euro sobe 0,02% para 1,1261 dólares.

O mercado de dívida pública regista uma subida das bunds alemãs de 0,72 pontos base para -0,36%. A dívida do Estado português a 10 anos cai 0,45 pontos base para 0,26%. Ao contrário da dívida espanhola que agrava 1,77 pontos base para 0,35%. Itália também tem os juros em queda de 1,49 pontos base para 0,92%.