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PSI encerra em queda com Mota-Engil a cair mais de 5%

O sentimento negativo foi notório em toda a Europa, ainda que os dados conhecidos esta quarta-feira indiquem que a inflação está a abrandar em algumas das principais potências económicas europeias. EM causa estão os receios que chegam dos mercados asiáticos.
31 Maio 2023, 17h05

A bolsa de Lisboa encerrou em perda a sessão desta quarta-feira, dia 31 de maio. O PSI perdeu 1,11%, para 5.729,40 pontos, pressionado pela Mota-Engil, que protagonizou o decréscimo mais acentuado, a desvalorizar 5,44%, de tal modo que os seus títulos valem agora 1,842 euros. A tendência segue a linha do sentimento vivido nas principais praças europeias, ainda que tenham sido reveladas desacelerações nos aumentos dos índices de preços em França, Alemanha e Itália.

Entre as maiores quedas do índice lisboeta, surgiu ainda a Greenvolt, com uma contração de 2,72%, até aos 6,08 euros por título, assim como a Semapa, que derrapou 2,13%, até aos 12,84 euros. Só uma das cotadas registou ganhos. Trata-se da Altri, que cresceu 0,05% e cujos títulos valem agora 4,11 euros.

Entre as mais importantes congéneres europeias, os índices terminaram todos em perda. As quedas mais acentuadas foram de Itália, que tomba 2,02%, para 2.551,6 pontos e o Euro Stoxx 50, que escorregou 1,74%, até aos 4.216,95 pontos. No caso da Alemanha, a perda foi de 1,55%, chegando aos 15.661,85 pontos, e França registou uma variação semelhante, a cair 1,54%, para 7.098,70 pontos. Seguiram-se Espanha, após contrair 1,27% e chegar aos 9.051,07 pontos, juntamente com o Reino Unido, que derrapou 1,09% e está agora nos 1.205,7 pontos.

No que diz respeito aos produtos petrolíferos, observam-se reduções nos custos do brent, a cair 0,43%, para 73,39 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude está a baixar 0,66%, de tal forma que o barril está a ser negociado em 69,00 dólares.

Nas divisas, o euro desvaloriza 0,65% face ao dólar e um euro corresponde agora a 1,0665 dólares.

O dia foi negativo para as bolsas europeias. Apesar de indicações positivas no que respeita à inflação, com os recuos acima do esperado na Alemanha e em França a deixarem boas indicações ao BCE de que o bloco da Zona Euro poderá estar a caminhar no sentido desejado, os ventos adversos vindos da China acabaram por derrubar os principais índices de ações”, de acordo com o analista de mercados do Millenium Investment Banking Ramiro Loureiro.

“Isto porque a atividade no gigante asiático terá estado mais fraca que o previsto em maio, com agravamento da contração na indústria e arrefecimento no crescimento dos serviços. Nos EUA a revelação de que o número de vagas de emprego aumentou acima de qualquer estimativa até reforça a ideia de robustez económica e laboral, mas tem como lado preservo receios de que desta forma seja mais difícil à Fed fazer baixar a inflação, o que impacta no sentimento de mercado”, sublinha o mesmo analista.

Por cá, “a Mota-Engil liderou as quedas no PSI, seguida pela Greenvolt, após a Altri ter concluído uma colocação privada da sua participação na empresa a seis euros por ação, um desconto relativo ao fecho de terça-feira (6,25 euros)”, acrescenta.

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