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PSI fecha no verde mas valoriza menos do que as outras bolsas da Europa

As praças europeias encerram a última sessão da semana e do mês em alta, apesar da revelação que a inflação na zona euro voltou a escalar mais do que o antecipado no mês de setembro, atingindo os dois dígitos. O PSI subiu mas menos que as restantes praças europeias que registaram subidas em torno de 1%. Dívida pública em queda e euro também.
30 Setembro 2022, 18h13

Os mercados europeus encerraram em alta, imunes à inflação, e o PSI não foi exceção, pois valorizou 0,20% para 5.302,76 pontos. A Altri (+2,99% para 5,17 euros), a GreenVolt (+2,38% para 8,60 euros) e a Galp (+2,01% para 9,82 euros) foram as estrelas da sessão. Destaque ainda para a Corticeira Amorim que subiu +2,36% para 9,10 euros e para a Navigator que avançou +1,93% para 3,49 euros.

Pela negativa  destaque vai para o BCP, que recuou -1,77% para 0,1218 euros, apesar da Fitch ter elevado o outlook. Nos seis títulos que caíram destaca-se também a Jerónimo Martins que perdeu -1,55% para 19,05 euros. A Mota que hoje anunciou o prospecto de uma emissão de dívida de 50 milhões a cinco anos, em que paga um juro de 5,75%, caiu -0,93% para 1,060 euros.

A EDP caiu -0,65% para 4,44 euros depois de ontem a sua subsidiária, EDP Brasil, ter anunciado que a central do Pecém garantiu um novo financiamento.

As praças europeias encerram a última sessão da semana e do mês em alta, apesar da revelação que a inflação na zona euro voltou a escalar mais do que o antecipado no mês de setembro, atingindo os dois dígitos.

A taxa de inflação anual da zona euro atingiu, em setembro, os 10,0%, face aos 9,1% de agosto, segundo uma estimativa rápida hoje divulgada pelo Eurostat.

Na inflação a leitura “core”, que exclui os componentes mais voláteis como a energia e a alimentação, mostrou também uma aceleração.

O EuroStoxx 50 avançou 1,19% para 3.318,20 pontos e o Stoxx 600 ganhou 1,31%.

O FTSE 100 fechou em alta de 0,18% para 6.893,8 pontos; o CAC avançou 1,51% para 5.762,3 pontos; o DAX valorizou 1,16% para 12.114,4 pontos; o FTSE MIB subiu 1,45% para 20.648,8 pontos e o IBEX ganhou 0,91%% para 7.366 pontos.

“Os ganhos foram transversais a quase todos os setores no Universo Stoxx600, com o de Imobiliário a liderar, ao valorizar mais de 5%. No entanto, encerra a semana em território negativo, perfazendo a 7.ª semana consecutiva de perdas, castigado pelo aumento de taxas de juro e pelas fracas estimativas de crescimento económico. Em resposta à anexação das 4 regiões ucranianas, diversos países da Nato voltaram a anunciar sanções contra Moscovo”, refere o analista do  Millennium investment banking, Ramiro Loureiro, na sua análise.

No universo Stoxx 600, nenhum dos setores registou variações negativa. Depois do imobiliário seguiu-se o do setor do Retalho impulsionado pela subida da Next, depois do tombo de ontem após o profit warning.

De notar a queda das ações de fabricantes de material desportivo como Adidas  (-4,14%) e Puma (-5,72%), depois da Nike ter reportado contas, onde relatou um aumento dos inventários.

Na macroeconomia, a taxa de desemprego recuou, em agosto, para os 6,6% na zona euro e os 6,0% na União Europeia, face ao mesmo mês de 2021, divulga hoje o Eurostat.

De salientar ainda que os ministros da Energia da União Europeia chegaram hoje a acordo, em Bruxelas, sobre uma intervenção de emergência face à escalada dos preços na energia que contempla uma contribuição solidária sobre os lucros excecionais de empresas do setor energético.

Portugal “acompanhou todas as decisões” hoje tomadas no Conselho extraordinário de Energia para fazer face à escalada dos preços da eletricidade, mas recomendou “vivamente” a adoção também de medidas para limitar os preços do gás, disse o ministro do Ambiente.

O euro cai 0,22% para 0,9793 dólares.

O petróleo Brent recua 0,61% para 87,95 dólares o barril.

No mercado de dívida, as obrigações a 10 anos da Alemanha caem 7,27 pontos base para uma rentabilidade de 2,10%. Portugal idem com os juros em queda de 7,20 pontos base para uma yield de 3,17%, tal como Espanha que vê os juros caírem 8,14 pontos base no mercado secundário para 3,28%. Itália tem os juros a 10 anos a recuarem 13,67 pontos base para 4,51%.

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