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PTP quer conclusão da estrutura de incineração dos lixos hospitalares no Hospital do Funchal

A representação parlamentar do PTP defende a conclusão e ativação do edifício micro-ondas para o tratamento de resíduos defende hospitalares” no Centro Hospitalar do Funchal e cujas obras estão paradas.
3 Fevereiro 2017, 18h27

O projeto de resolução já entregue na Assembleia Legislativa recorda que “os resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, podem constituir um importante problema ambiental e de saúde pública, se não houver adoção de procedimentos adequados no manuseio dos diferentes tipos de resíduos”.

O documento assinado pelo único deputado do PTP no parlamento insular, José Manuel Coelho acrescenta que o tratamento dos lixos hospitalares mas perigosos “é um serviço imprescindível e dispendioso ao erário público”.

“Para o efeito na Madeira, na anterior legislatura, foi decidida a construção de uma unidade micro-ondas para o tratamento dos resíduos de grupo III (contaminação biológica), através da utilização de ondas eletromagnéticas”, acrescenta o documento.

A construção desta infraestrutura, anexa ao Hospital Nélio Mendonça no Funchal, implicava um investimento de cerca de 2 milhões de euros, comparticipada em 85% por fundos comunitários, e segundo a administração do SESARAM em ano e meio ano ficaria paga, dado que permitiria uma poupança nos custos de transporte, contentores para incineração e taxas da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos na Meia Serra. O atual Governo insular de Miguel Albuquerque decidiu parar aquele investimento, para poder estudar outras possibilidades, embora a obra esteja praticamente concluída. Até à data não foi encontrada outra alternativa consistente, o que obriga o SESARAM a despender valores significativamente elevados para assegurar o tratamento do lixo hospitalar.

O PTP recorda que a Secretaria do Ambiente admitiu há uns meses que a solução para o tratamento dos resíduos hospitalares passaria pela empresa pública regional de Águas e Resíduos da Madeira através da Estação da Meia Serra mas nunca mais algo de concreto foi anunciado.

“Feitas as contas, se não tivesse havido a decisão de parar o micro-ondas, o dinheiro empregue na incineração de resíduos hospitalares, podia neste momento estar a financiar outra parte da saúde”, revela o documento do PTP.

O projeto de resolução recomenda ao Governo Regional “a imediata conclusão e ativação do edifício micro-ondas para o tratamento de resíduos hospitalares, em nome de uma eficiente gestão dos dinheiros públicos e da saúde pública regional”.

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