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Putin abre a porta a prolongar cortes na oferta do petróleo até final de 2018

A acontecer, seria a segunda extensão do acordo, depois de os 14 membros da OPEP e outros 10 países produtores terem acordado em maio deste ano prolongar os cortes na produção de petróleo por mais nove meses, até março do próximo ano.
  • Vladimir Putin
4 Outubro 2017, 14h38

O presidente russo não exclui a hipótese de um prolongamento, até ao final de 2018, do acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros países produtores, incluindo a Rússia. O objetivo é diminuir o excesso de oferta da matéria-prima face à procura e conduzir a uma subida gradual dos preços, mas ainda nenhum dos parceiros tinha considerado um horizonte temporal tão alargado.

O atual pacto entre os países da OPEP, a Rússia e outros produtores prevê a diminuição da produção em 1,8 milhões de barris por dia, até março do próximo ano. No entanto, poderá sofrer um novo prolongamento.

“Estão todos interessados na estabilidade do mercado. O que fizemos com a OPEP, acredito que é beneficial para toda a economia global”, disse Vladimir Putin, citado pela Reuters, num fórum sobre energia em Moscovo, onde estão vários ministros da Energia.

“Quando decidirmos sobre uma extensão ou não, vamos decidir um horizonte temporal. Mas, de forma geral, se falamos da possibilidade de um prolongamento, deverá ser pelo menos até ao final de 2018”, acrescentou. O presidente russo não foi o primeiro a levantar a hipótese de um prolongamento, mas nenhum dos responsáveis tinha referido a possibilidade de os cortes se manterem durante todo o próximo ano.

O ministro da Energia da Venezuela, Eulogio del Pino, admitiu que há discussões nesse sentido, enquanto o homólogo iraniano, Bijan Zanganeh, tinha também já referido que uma nova extensão do acordo poderá ter a aprovação dos vários países. “Depende de uma decisão coletiva e de um consenso entre a OPEP, mas parece-me que não há objeções à proposta”, afirmou, em entrevista à Reuters.

A acontecer, seria a segunda extensão do acordo, depois de os 14 membros do cartel e outros 10 países produtores terem acordado de maio deste ano prolongar os cortes na produção de petróleo por mais nove meses.

Os acordos iniciais assinados em novembro e dezembro foram os primeiros do género em 15 anos. No entanto, as pressões do aumento dos inventários mundiais, do crescimento do petróleo de xisto nos EUA e de uma procura abaixo do esperado foram obstáculos.

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