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“Putin conseguiu unir a Europa como ela nunca tinha estado unida”, diz Carlos Moedas

O presidente da Câmara de Lisboa revelou que a cidade já recebeu no centro de acolhimento mais de 1.300 pessoas vindas da Ucrânia. “É importante dizer a todos os ucranianos que Lisboa é uma cidade aberta à Ucrânia neste momento tão difícil”, afirmou.
27 Março 2022, 17h14

Carlos Moedas defendeu este domingo que a invasão da Rússia à Ucrânia declarada por Vladimir Putin teve o condão de unir todos os países da União Europeia em redor do povo ucraniano.

“A Europa está unida e tomou medidas muito fortes e temos de fazer mais juntos. O presidente Putin conseguiu unir a Europa como ela nunca tinha estado unida”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) que marca presença numa manifestação organizada pela associação de ucranianos em Portugal.

O presidente da autarquia recordou as palavras que disse à embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, aquando do começo da guerra.

“Desde o primeiro dia prometi que os lisboetas estariam ao lado da Ucrânia. E estar ao lado, é estar numa guerra que vai ser longa e temos de ser solidários. Até hoje já recebemos no nosso centro de acolhimento mais de 1.300 pessoas, organizamos pontos de encontro para pessoas que chegam por outras vias e estamos a trabalhar todos os dias na Proteção Civil de Lisboa para acolher essas pessoas”, referiu Carlos Moedas.

De resto, o autarca revelou que a CML lançou um programa para o futuro, para que essas pessoas possam encontrar soluções não apenas temporárias, mas soluções de emprego, habitação, para os seus filhos estarem na escola. “É importante dizer a todos os ucranianos que Lisboa é uma cidade aberta às culturas, à diversidade e à Ucrânia neste momento tão difícil”, realçou.

Sobre o facto do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky já ter por diversas ocasiões criticado a falta de apoio da Europa, inclusive Portugal, o autarca sublinhou que a União Europeia tem os seus tempos de reação para todos os tipos de situações.

“Obviamente que num tempo de guerra essa reação tem de ser mais rápida e percebo o presidente [Volodymyr] Zelensky, mas dentro do que tem sido o histórico de reação da União Europeia, aquilo que até agora conseguimos fazer foi pela primeira vez na história da União Europeia uma ajuda ao armamento de um país, algo que nunca tinha acontecido”, destacou.

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