Angela Merkel e François Hollande voltaram a advertir Vladimir Putin acerca dos bombardeamentos contra a cidade síria de Alepo. “Tivemos uma conversa muito clara e dura com o presidente Putin”, disse a chanceler, citada pela agência EFE, insistindo que os referidos ataques à cidade são “desumanos” e podem ser considerados “crimes de guerra”, embora não tenham sido abordados eventuais reforços nas sanções a aplicar aos russos.
Hollande, por seu turno, admitiu ter saído da reunião com a ideia de que a paragem dos bombardeamentos, iniciada na terça-feira e facilitando a pausa humanitária, poderia mesmo “prolongar-se”, embora rejeitasse adiantar-se a um assunto que, segundo referiu, cabe a Putin anunciar.
De acordo com a EFE, Merkel e Hollande defenderam que Bashar al-Assad e os russos “não podem usar a luta contra os terroristas como desculpa para bombardear uma cidade habitada por 300 mil civis”. A chanceler acrescentou: “Somos países que combatemos com determinação o terrorismo, mas isso não legitima a morte de 300 mil pessoas em função dessa causa.” O presidente gaulês pediu que não se confunda a oposição moderada com a frente Al-Nusra e adicionou: “Dissemos o que pensamos, a determinação que temos e a pressão que pretendemos exercer.”
Ao mesmo tempo, a Ucrânia esteve no centro das atenções na cimeira em que Petró Poroshenko, líder ucraniano, também participou no sentido de que fossem reatados os esforços para pôr termo ao conflito.
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