Um mercenário russo – acusado de ter participado do assassinato de prisioneiros de guerra e civis – tornou-se na mais recente figura militar de alto escalão das forças de Vladimir Putin a ser morto na guerra da Ucrânia.
“Ele morreu à noite durante o reconhecimento da área, junto com seu companheiro, presumivelmente nas mãos de um atirador”, disse o canal de telegrama Peleng citado pela “Newsweek” sobre Vladimir Andonov, de 44 anos.
Andonov veio do distrito de Mogoytuysky, território Transbaikal na república siberiana da Buriácia. Ao divulgar a morte de Andonov o jornal local “Gazyeta Nomer Adeen” descreveu-o como sendo o “voluntário mais famoso”.
O banco de dados “Peacemaker”, administrado pela Ucrânia, disse que, em fevereiro de 2015, Andonov participou da execução de prisioneiros de guerra do exército ucraniano em Logvinova, Donbas, no leste da Ucrânia, onde se ofereceu para ir como voluntário.
Em 2017, ao “Gazyeta Nomer Adeen”, Andonov explicou que tinha “motivos ideológicos” para ir para a região de Donbas porque o avô tinha lutado na Ucrânia na segunda guerra mundial contra as forças de Stepan Bandera, um nacionalista ucraniano que colaborou com a Alemanha nazi.
Também conhecido pelo nome de guerra de Vaha, Andonov fazia parte do Grupo de mercenários Wagner que servem a Putin em conflitos, mas cujas ligações com os objetivos militares da Rússia são negadas pelo Kremlin.
Andonov lutou em operações russas na Síria e na Líbia e em dezembro de 2017 foi premiado com uma medalha por mérito militar.
A morte ocorre depois de dois comandantes de Putin, o major-general Roman Kutuzov e o tenente-general Roman Berdnikov, terem sido mortos pela artilharia ucraniana na região de Donbas.