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PwC: “Não estamos longe de ter robots a desempenhar tarefas nos seguros”

Carlos Maia, Insurance Lead Partner da PwC, antevê que as novas tecnologias vão ser preponderantes para o futuro do setor.
15 Março 2017, 10h43

As empresas seguradoras estão mais focadas nos novos hábitos dos clientes e já se começam a adaptar a uma população em rede, segundo Carlos Maia. O partner da PwC afirmou que as novas tecnologias são um dos principais desafios do setor, mas também uma oportunidade para o futuro, durante o Fórum dos Seguros, organizado pela PwC e pelo Jornal Económico.

Ao nível do negócio em si, o setor encaminha-se para a digitalização e Carlos Maia quer “captar talento dos millenials sobre novas tecnologias para o setor”. Por outro lado, a redução de custos “continuará a ser um tema na ordem do dia” e o partner da PwC prevê: “Não estamos muito longe de ter robots a desempenhar tarefas”.

Carlos Maia considera que há uma disrupção tecnológica a afetar a forma como as seguradoras fazem negócios e a relação com os consumidores. “Os clientes estão mais exigentes, mais assertivos, mais ligados nas redes sociais, mais informados e que importam com as opiniões dos peers“, explicou.

De acordo com a PwC, 71% dos clientes usam um meio digital antes de comprarem um seguro e Carlos Maia acredita que “há uma crescente consciência para a alteração dos hábitos dos consumidores”. Numa altura em que estar constantemente ligado a smartphones ou tablets é uma realidade cada vez mais comum, o partner acredita que o futuro do setor segurador trará maior proximidade entre empresas e clientes, bem como uma mudança de postura.

“Em termos estratégicos, um dos objetivos da indústria seguradora é estabelecer uma estratégia digital multicanal e tirar partido de bases de dados”, disse, acrescentando que analisar informação permite oferecer produtos mais personalizados aos clientes.

Carlos Maia acredita também que o setor vai ganhar uma posição “mais preventiva de aconselhamento dos clientes e menos reativa”. “Há todo um conjunto de dispositivos que permite às seguradoras, nomeadamente no ramo de saúde, acompanhar os clientes numa ótica de prevenção e proatividade”.

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