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Qatar: “há financiadores de terrorismo entre os países do boicote”

A acusação do embaixador do Qatar nos Estados Unidos, o xeque Meshal bin Hamad Al Thani, chega numa altura em que cinco estados muçulmanos cortaram relações diplomáticas com o emirado, dando origem a uma nova crise diplomática no Médio Oriente.
19 Junho 2017, 10h53

O embaixador do Qatar nos Estados Unidos, o xeque Meshal bin Hamad Al Thani, acusa os Emirados Árabes Unidos de cometerem os mesmos crimes que o Qatar está acusado: patrocínio de ações terroristas em todo o mundo. A acusação chega numa altura em que cinco estados muçulmanos cortaram relações diplomáticas com o emirado, dando origem a uma nova crise diplomática no Médio Oriente.

“Emiratis, não Qataris, estavam entre os sequestradores dos aviões que embateram nas Torres Gémeas [a 11 de setembro de 2001]”, afirmou o xeque Meshal bin Hamad Al Thani. “Os Emirados Árabes Unidos foram referenciados pelas autoridades nos relatórios do 11 de setembro pelo seu papel no desvio de dinheiro para apoiar ações terroristas”.

O corte de relações diplomáticas com o Qatar foi anunciado a 5 de junho depois de o Bahrein, o Egipto, a Arábia Saudita, o Iémen e os Emirados Árabes Unidos terem anunciado medidas extremas para pôr fim ao terrorismo e acusado o Qatar de estar prestar apoio a organizações terroristas. As ligações aéreas e marítimas, bem como as trocas de mercadorias com o vizinho Qatar foram barradas, apesar de o Governo de Qatar negar veementemente as acusações.

A nova crise diplomática instaurada no Médio Oriente está também a comprometer a importação de matérias-primas para a construção de infraestruturas para o Mundial de 2022.

“As Nações Unidas e o Departamento do Tesouro britânico listam dez vezes mais terroristas e financiadores de terrorismo dos países que decretaram o boicote do que do Qatar”, sentencia o xeque Meshal bin Hamad Al Thani.

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