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Quais são os deputados mais ‘faltosos’ da Assembleia da República?

O PSD é aquele que regista o maior número de faltas na Assembleia da República (834) mas o PS supera nas faltas injustificadas (37).
29 Março 2017, 12h03

Até ao momento, o Partido Social-Democrata (PSD) é aquele que regista o maior número de faltas na Assembleia da República (834), mas destas só 19 é que não foram devidamente justificadas, 469 tiveram motivo e 346 deveram-se a missões parlamentares, revela o website “O Ponto do Parlamento”, elaborado pela empresa tecnologias de informação Waveweb.

Os dados têm como base o separador “Presenças e Faltas dos Deputados às Reuniões Plenárias” que se encontra no website oficial da Assembleia da República e abarcam informação de desde 1995. “Injustificadas”, “Justificadas”, “Ausência em Missão Parlamentar” e “Quórum de Votação” são as categorias de cada tipo de ausência no Parlamento, onde se pode consultar a totalidade de faltas (valores em número e percentagem) para cada legislatura, partido e deputado.

No caso do Partido Socialista (PS), o segundo no ranking das faltas, conta com um número ligeiramente inferior (795) e supera nas faltas injustificadas (37). A liderar – com menos – está o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e o PEV (Os Verdes), com 11 e 2 ausências assinaladas, respetivamente (todas justificadas ou devido a missões parlamentares).

Pode verificar-se ainda que, ao observar o número total de faltas – sem discriminar o parâmetro em que se insere  –, Paulo Pisco é aquele que menos pica o ponto na Assembleia da República. No entanto, o deputado socialista, que pertence à Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, apresentou uma justificação para 40 das ausências e apenas se contabilizam duas faltas não-justificadas.

A justificação de faltas obedece ao estabelecido nos pontos 6 e 7 do “Regime de Presenças e Faltas ao Plenário“, que indicam que os “deputados têm o direito de apresentar justificação para as faltas” e que “quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana”.

Além disso, considera-se motivo justificado a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, força maior, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence e a participação em atividades parlamentares, conforme estabelecido no ponto 2 do artigo 8º do “Estatuto dos Deputados“.

Entre os nomes dos deputados que merecem a distinção de ‘Funcionário do Mês’, com mais de 150 reuniões no Parlamento, estão Bruno Dias (PCP – 0 faltas em 157 reuniões), Heloísa Apolónia (Os Verdes – 0 faltas em 157 reuniões), Paulo Sá (PCP – 0 faltas em 157 reuniões), Pedro Filipe Soares (BE – 0 faltas em 157 reuniões) e Pedro Pimpão (PSD – 0 faltas em 157 reuniões).

Deputado Ausências totais Partido
Paulo Pisco 29% (45*/157**) PS
Miranda Calha 27% (41/157) PS
Carlos Alberto Gonçalves 25% (38/157) PSD
José Cesário 24% (35/147) PSD
Ricardo Baptista Leite 22% (27/126) PSD
Carlos Costa Neves 20% (29/149) PSD
Luís Leite Ramos 19% (29/149) PSD
Carlos Páscoa Gonçalves 18% (27/157) PSD
Sérgio Sousa Pinto 18% (27/157) PS
Ana Catarina Mendonça M. 17% (26/157) PS
Bruno Coimbra 16% (24/157) PSD
Vitalino Canas 16% (24/157) PS
Duarte Marques 15% (23/157) PSD
Helena Roseta 15% (23/157) PS
Nilza de Sena 15% (23/157) PSD
Adão Silva 15% (22/157) PSD
Filipe Lobo D’Ávila 15% (22/157) CDS

Fonte: O Ponto do Parlamento     *Faltas ** Reuniões (+100) 

 

 

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