O ex-administrador financeiro da Rioforte, Gonçalo Cadete, disse hoje no parlamento acreditar que a queda da empresa não era inevitável, ao contrário do que havia frisado o antigo presidente executivo.
“Não concordo. É uma avaliação pessoal dele”, disse Gonçalo Cadete na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), quando questionado sobre se concordava com as declarações de João Rodrigues Pena, que disse no parlamento, no começo do ano, acreditar que a Rioforte estava “infelizmente condenada desde o começo”.
Para Gonçalo Cadete, existem, em terreno económico, razões macro e outras micro para explicar a queda da Rioforte, holding não financeira do GES.
No primeiro campo está, por exemplo, o “elevado nível de endividamento que foi detetado” na acionista Espírito Santo International (ESI), enquanto que em termos micro houve um plano de reestruturação da Rioforte que acabou por não suceder e a holding deixou de se conseguir financiar.
O ex-administrador financeiro da Rioforte está a ser ouvido no parlamento e começou por apresentar um curto enquadramento da sua passagem pelo GES, que começou em 2003 num trabalho de consultoria, e viria a findar em março de 2014 com a sua saída da Rioforte.
OJE/Lusa