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Quem disse que os jardineiros não têm histórias para contar?

Os jardineiros e as jardineiras são quem mantém os jardins botânicos, sendo também os fiéis guardiões dos seus muitos segredos e histórias. Quem visitar o Jardim Botânico Tropical e o Jardim Botânico de Lisboa na manhã de quarta-feira poderá fazer uma visita guiada na sua companhia. Aproveite!
23 Novembro 2021, 07h30

Se ainda não reparou na alameda de palmeiras que ladeiam o acesso ao Jardim Botânico de Lisboa, ainda vai a tempo de fingir que tal desconhecia entranhando-se neste belo jardim, que pertence ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência. Lar de uma enorme diversidade de espécies – entre 1.300 e 1.500 – possui recantos que vale a pena descobrir com tempo e, quiçá, de máquina fotográfica pronta à disparar. Ou um simples telemóvel. Até porque não falta fina flora fotogénica para registar.

A começar pelas palmeiras, vindas de todos os continentes, e que imprimem um “toque tropical” a diversas localizações do Jardim, que abarca cerca de quatro hectares de área verde, bem no centro da capital, divididos pela Classe e pelo Arboreto. A primeira acolhe a biblioteca, o herbário e o Lago de Cima, ao passo que o Arboreto, na parte inferior do jardim, recebe as árvores de grande porte e outras plantas.

Refira-se, a título de curiosidade, que a temperatura entre as partes de cima e de baixo do Arboreto pode variar dois ou três graus centígrados. Razão pela qual as espécies que gostam de climas quentes e secos foram plantadas nas zonas superiores, ficando as que precisam de mais humidade na zona de baixo.

O Jardim Botânico de Lisboa foi fundado em 1878 no antigo Colégio dos Nobres. Está classificado como Monumento Nacional desde 2010 e antes da fundação já era utilizado para o estudo da botânica, pelo colégio jesuíta da Cotovia, que ali existiu entre os anos de 1609 e 1759.

Situa-se na Rua da Escola Politécnica, 54, no Príncipe Real, em Lisboa, e quarta-feira, 24 de novembro, às 11h00, os jardineiros da ‘casa’ vão fazer as delícias dos visitantes. O bilhete custa 3 euros.

Aquele que hoje dá pelo nome de Jardim Botânico Tropical foi criado, por decreto real, em 1906 sob a designação “Jardim Colonial”, para apoio à formação científica dos alunos do Ensino Agrícola Colonial. Instalado nos jardins e estufas do Conde de Farrobo, nas Laranjeiras, seis anos depois foi transferido para a “Cerca do Palácio de Belém”, onde ainda hoje se encontra.

Com cerca de sete hectares, um lago, estufas, centenas de espécies botânicas exóticas e um edifício de origem seiscentista, o Palácio dos Condes da Calheta, o Jardim Botânico Tropical é um verdadeiro refúgio de paz e tranquilidade, guarda espécies raras e, claro, histórias curiosas que vale a pena conhecer.

Nesta espécie de viagem à volta do globo, uma das paragens obrigatórias é, sem dúvida, o Jardim Macau, pontuado aqui e ali por esculturas orientais, além de elementos paisagísticos que irão transportar o visitante para aquela região do mundo.

Também aqui os jardineiros e jardineiras do Jardim Botânico Tropical, em Belém, irão revelar estórias e curiosidades sobre este Jardim encantado. Quarta-feira, 24 de novembro, às 11h00. A visita está incluída no bilhete (3 euros), basta dar essa indicação na bilheteira.

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