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Quem vai beneficiar com corte nos impostos nos EUA? Banca, refinação e aviação

As empresas norte-americanas deverão ver os lucros a subirem no próximo ano devido à reforma fiscal, mas determinados setores vão ser especialmente beneficiados. As empresas europeias poderão receber ganhos de forma indireta.
20 Dezembro 2017, 16h36

A Casa dos Representantes e o Senado dos Estados Unidos da América aprovaram esta terça-feira a reforma mais ampla do sistema tributário do país em mais de 30 anos. A nova lei, cuja aprovação final é esperada ainda esta quarta-feira, deverá impulsionar os lucros das empresas, através do corte nos impostos corporativos. O principal impacto será nos EUA, mas a Europa também poderá sair beneficiada.

A principal alteração legislativa é a redução dos impostos sobre as empresas, que será de 21%, em vez da taxa atual, que varia entre 15% e 35%. Segundo Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, “as reduções de impostos poderão começar em fevereiro, porque o Internal Revenue Service -IRS já está a trabalhar com as novas tabelas”.

As empresas que pagam mais impostos e cuja atividade é principalmente focada nos EUA serão as mais beneficiadas. Analistas consultados pelo jornal espanhol El Economista estimam que os lucros aumentem em média 10%, levando a um reforço da confiança dos investidores, mas nalguns casos, a subida será ainda mais significativa.

Os setores da refinação, caminhos-de-ferro, companhias aéreas e bancos estarão entre as empresas que mais vão ganhar com a reforma tributária.

Na banca, a KBW estima que a reforma fiscal leva a valorizações nas ações em 2018 de 20% mais que sem a reforma, no caso do JPMorgan e de 21% no caso do Wells Fargo.

A Delta Air Lines foi uma das primeiras empresas a reportar possíveis subidas nos lucros, sendo que a empresa espera uma subida de cerca de 18% a 19%, no próximo ano. O banco de investimentos KBW aponta que a empresa de Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, aumente os lucros no próximo ano em 15%, para próximo de 2.600 milhões de dólares.

No setor da refinação, empresas como a Valero Energy ou a Andeavor poderão ver ganhos nas ações de mais 15 a 32%, de acordo com Guy Baber, analista da Simmons & Co. Já no fabrico de equipamentos, como United Technologies, Honeywell e Emerson Electric, o aumento médio poderá ser de 10%, segundo os analistas da Vertical Research Partners.

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