Fernando Matos: “Queremos apoiar empresas e profissionais”

A Associação quer envolver toda a comunidade relacionada com a nova ciência.

Cristina Bernardo

Fernando Matos, CEO da Closer é o presidente da recém-criada Associação Portuguesa de Data Science. Nesta qualidade deu a sua primeira entrevista ao Jornal Económico.

Esta é uma associação de profissionais ou de empresas?
Acaba por ser uma associação que endereça essas duas entidades. Quer profissionais de Data Sicence que trabalham na área, quer empresas, que são de dois tipos: as que desenvolvem soluções de Data Science para outros e as que implementam soluções de Data Science in house, para seu usufruto. Resumindo, entre os nossos associados temos vários tipos de entidades, desde estudantes, a institucionais, que vamos convidar, como universidades, entidades governamentais e sem fins lucrativos.

Sem entrar em detalhes jurídicos, quais vão ser os estatutos?
Haverá alguma diferença. O valor da quota será diferente, o número de votos que tem, etc. As empresas acabam por representar mais gente do que os profissionais individuais… Lá mais para a frente, em dado momento, também vamos distinguir aqueles que são Data Scientists daqueles que trabalham na área, mas não são Data Scientists.

Há assim tantos Data Scientists em Portugal ou tantas empresas a empregá-los que justifiquem a criação de uma associação?
Há e vai haver cada vez mais. Ou seja, neste momento, estamos a falar já de alguns milhares. Não é dispiciendo e é um número em crescimento.

Quantos são?
Não, há números exatos. Essa é também uma das razões que nos leva a crer que uma associação destas fazia falta no mercado. Depois de há uns anos, a Harvard Business Revue ter considerado a Data Science a profissão mais sexy do século XXI, muita gente começou a dizer ‘eu também sou Data Science, pois trabalho com dados’, porém dentro daquilo que é o conceito de Data Science isso não é verdade. A nossa ideia não é fazer esse filtro, de maneira nenhuma, mas sim, apoiar as empresas e ajudar até orientar os profissionais que querem seguir esta área, sobre o tipo de competências que devem ter. etc.

Entrevista publicada na íntegra edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão

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