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Inês Relvas, nova curadora dos Global Shapers: “Queremos ser uma força positiva na sociedade”

Inês Relvas é a nova curadora do Global Shapers Lisbon Hub. Tem 28 anos, nasceu na Guarda, e sublinha a necessidade de ter empresas mais flexíveis que garantam estilos de vida sustentáveis para as famílias.
26 Outubro 2017, 07h15

É consultora na The Boston Consulting Group (BCG), onde trabalha em diversas indústrias, como serviços financeiros, retalho e bens industriais, e vários países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Angola. Licenciada em Gestão pela Nova School of Business and Economics, tem um mestrado em Gestão com especialização em Estratégia e Empreendedorismo pela Católica-Lisbon School of Business and Economics e um MBA pelo INSEAD.

Inês Relvas é a nova curadora do Global Shapers Lisbon Hub e, em declarações ao Jornal Económico, define como objetivos “desenvolver um novo projeto focado na educação, recrutar novos Global Shapers e promover mais eventos de interação dentro do grupo e com a sociedade”.

 

O que faz um líder do Global Shapers Lisbon Hub?

A equipa de liderança do grupo (Curador/a e Vice-curador/a) tenta ajudar o grupo a otimizar os seus pontos fortes e enfocá-los em projetos que nos interessem e nos motivem enquanto hub. É um desafio para o grupo, uma vez que somos Global Shapers no nosso tempo livre, portanto é essencial ter alguém ao leme para puxar por todos. Claro que também tem tenho responsabilidades mais logísticas, como organizar as nossas reuniões de trabalho mensais e coordenar com os vários líderes de projeto o avanço das iniciativas.

Como nova curadora, que objetivos pretende atingir?

Como a maioria dos líderes, espero deixar o grupo melhor do que o encontrei, e isso por si só já é um grande desafio. Os meus grandes objetivos são desenvolver um novo projeto focado na educação, recrutar novos Global Shapers e promover mais eventos de interação dentro do grupo e com a nossa sociedade.

Quais as principais funções que o grupo desempenha? 

Os Global Shapers de Lisboa são 27 jovens dedicados a contribuir para a solução de problemas dentro da sua comunidade e região. O grupo tem perfis muito diversos como empreendedores, empreendedores sociais, cientistas, docentes universitários, artistas e atletas. Definimo-nos como meritocráticos, dinâmicos, trabalhadores, colaborativos, humildes e aventureiros e encaramos o Hub de Lisboa como um lugar seguro para experimentar, criar e projetar o que ainda está para acontecer, em colaboração com outras partes interessadas como o setor público, a sociedade civil e o sector privado. Os Global Shapers portugueses querem ser uma força positiva na sociedade, para inspirar outros jovens a participarem e envolverem-se com as suas comunidades.

Quais os projetos e iniciativas que o grupo tem previsto realizar no futuro?

Neste momento temos 4 grandes projetos. O Dia da Dignidade, um projeto global que implementámos em Portugal, que se realiza para a semana, com a parceria do Alto Comissariado para as migrações. Consiste de um dia em que estamos presentes em escolas primárias e secundárias e abordamos o tema da dignidade junto dos alunos. Temos as Fnac Shaper Talks, uma parceria entre com a Fnac para a realização de debates mensais que, durante um ano, vão abordar e discutir temas centrais para a construção do futuro do país: da Economia ao Desporto, da Saúde à Política, da Tecnologia à Cultura. Organizamos eventos “Meet the Leader” com nomes inspiradores e proeminentes em Portugal para uma discussão informal e sobre o futuro. E temos um artigo semanal de opinião no jornal “Observador”.

Não existem ainda muitas mulheres a ocupar posições de liderança em Portugal. Como vê esta situação e o que é necessário fazer ainda?

Recentemente, e como Global Shaper, escrevi um artigo sobre o feminismo e sobre a necessidade de haver mais mulheres em cargos de liderança. Acredito que estamos no bom caminho, mas ainda há muito para fazer. Aliás, de acordo com o Fórum Económico Mundial, Portugal está a 169 anos de atingir a igualdade entre homens e mulheres. Temos de ter mais mulheres na liderança, que sejam exemplos para as mais novas; temos de ter mais homens a juntar-se à luta; temos de ter empresas mais flexíveis que garantam estilos de vida sustentáveis para as famílias.

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