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“Queria ter a certeza que receios da inflação são exagerados, mas ninguém sabe”

Ministro francês elogia ação do BCE, mas admite dúvidas sobre se o aumento da inflação é transitório. Defende a flexibilidade das regras orçamentais europeias, contudo, garante que a presidência francesa do Conselho da União Europeia não quer condicionar o debate.
3 Dezembro 2021, 07h26

A um mês do arranque da presidência francesa do Conselho da União Europeia, Olivier Dussopt, ministro delegado responsável pelas Contas Públicas de França, veio a Lisboa esta quinta e sexta-feira para reunir com o ministro das Finanças português, João Leão, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, e a Directora-Geral da Autoridade Tributária, Helena Borges. Na agenda estão as prioridades da presidência francesa para o próximo semestre, mas também o reforço da cooperação entre Portugal e França, pelo que irá também encontrar-se com fintech e com representantes dos meios económicos. Em entrevista ao Jornal Económico, o governante francês defende regras orçamentais europeias mais flexíveis, que permitam responder a crises como a atual, argumentando que o limite de 60% do PIB para as dívidas públicas dos estados membros já não é válido, mas que diz França vai garantir um início de debate aberto. Acredita que o pico inflacionista irá durar pelo menos até ao fim de 2022. Porém, admite não “ter a certeza absoluta do que vai acontecer nos próximos meses”.

Qual é a perspetiva da visita a Portugal? O que está na agenda?
Vou encontrar-me com o ministro das Finanças, mas também com os responsáveis de diversas administrações para fazer um ponto dos nossos assuntos comuns. Mas também vou falar sobre as perspetivas da próxima presidência da União Europeia. Temos uma memória muito boa da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Trabalhámos muito bem juntos. Inclusive apreciei muito o apoio que Portugal nos deu naquela altura.

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