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Rally em Wall Street continua. Bolsa de Nova Iorque atinge novos máximos

O S&P 500 está a preparar caminho para terminar 2019 como o melhor desde 1997. Apple sobe mais de 1%, depois de ser noticiado que a tecnológica e Sharp estariam em negociações para comprar a principal fábrica de ecrãs de smartphones da Japan Display por 820 milhões de dólares.
  • Andrew Kelly/Reuters
27 Dezembro 2019, 14h45

A Bolsa de Nova Iorque abriu a sessão desta sexta-feira, dia 27 de dezembro, em terreno positivo, na sequência dos sinais de melhoria das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China e dos dados económicos de Pequim divulgados hoje. Em novembro, os lucros das empresas industriais chinesas aumentaram ao ritmo mais rápido em oito meses, nomeadamente as indústrias química, de processamento de petróleo e siderurgia, que recuperaram por causa do aumento da procura e da subida dos preços.

Os três principais índices norte-americanos arrancaram as negociações no ‘verde’, renovando máximos históricos: o industrial Dow Jones soma 0,24% para os 28.689,35 pontos; o tecnológico Nasdaq avança 0,30%, para os 9.049,84 pontos e o industrial S&P 500 sobe 0,21%, para os 3.246,77 pontos. Já o Russel 2000 está a ser marcado por uma valorização de 0,06%, para 1.677,50 pontos.

Já ontem Wall Street tinhad atingido novos máximos nos três principais índices, sendo que o Nasdaq Composite atingiu, pela primeira vez, os 9 mil pontos e o S&P 500 está a preparar caminho para terminar 2019 como o melhor desde 1997. Os recordes de ontem trespassaram para as bolsas europeias, com as tecnológicas a terem grande responsabilidade.

“A Amazon emitiu um comunicado sobre as vendas na época natalícia, um bom indicador para o consumo norte-americano, e subiu mais de 4%. O flow noticioso é bastante diminuto, a par dos volumes transacionados, típico desta época festiva”, explica Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp. As ações da empresa de Jeff Bezos mantêm-se a subir (1,61%, para 1.899 dólares).

Em termos empresariais, destaque ainda para a Tesla, cujos títulos recuam 0,14%, para 430,24 dólares. A empresa liderada por Elon Musk assinou recentemente um acordo com bancos na China para um empréstimo de até 9 mil milhões de yuans (cerca de 1,2 mil milhões de euros). Hoje, a agência “Bloomberg” avança que as primeiras 15 unidades do Model 3 produzidas na nova fábrica de em Xangai começarão a ser entregues já na segunda-feira.

Segundo o jornal de economia japonês “Nihon Keizai Shinbun”, a Apple (+1,02%, para 292,87 dólares) e a tecnológica nipónica Sharp estarão em negociações para comprar a principal fábrica de ecrãs de smartphones da Japan Display por 820 milhões de dólares (aproximadamente 735 milhões de euros).

Os analistas do CaixaBank/BPI Research lembram que o “Rally do Pai Natal” “é um dos períodos mais favoráveis estatisticamente para os mercados bolsistas”. Conforme referem numa nota de mercado publicada hoje, “este período é formado entre as últimas cinco sessões do ano e as primeiras duas do novo ano” e, de acordo com o Stock Trader´s Almanac, “desde 1950, o índice S&P 500 valorizou-se em média 1,30%” durante este período.

No dia em que os inventários norte-americanos de petróleo são divulgados, a cotação do barril de Brent recua 0,16%, para 67,81 dólares, enquanto a cotação do crude WTI perde 0,21%, para 61,65 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, o euro aprecia 0,57% face ao dólar (1,1159) enquanto a libra “valoriza” 0,87% perante a divisa dos Estados Unidos (1,3103).

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