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Raríssimas é alvo de investigação do Ministério Público desde novembro

A primeira reação oficial às irregularidades descobertas pela TVI surgiu no domingo. Em comunicado, o Ministério da Segurança Social comunicou que vai “avaliar” os factos relatados e que vai agir “em conformidade”.
  • Baz Ratner/REUTERS
11 Dezembro 2017, 14h36

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tinha sido alertada para as possíveis irregularidades na instituição Raríssimas, no final de novembro, através de uma denúncia anónima. A denúncio tinha sido feita ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), segundo confirmou o gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Confirma-se a existência de um inquérito a correr termos no [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa. Não tem arguidos constituídos. As investigações relacionadas com a matéria tiveram início em finais de novembro e origem numa denúncia anónima”, refere a PGR, em resposta enviada à agência Lusa.

Numa reportagem da jornalista Ana Leal, transmitida na TVI este sábado, foram trazidos a público detalhes sobre a gestão da associação, que apontam para o uso de fundos da instituição para despesas pessoais elevadas em vestuário e deslocações por parte de Paula Brito da Costa.

A reportagem dá ainda conta de que a presidente aufere cerca de seis mil euros por mês em ordenados e despesas de representação. O marido e o filho de Paula Brito e Costa trabalham na associação e, na reportagem, a presidente aparece num vídeo a dizer que são “os seus olhos e ouvidos” na Raríssimas. “O meu filho é o herdeiro da parada”, afirma Paula Brito e Costa num dos vídeos que passaram na reportagem.

Além da PGR, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, terá também conhecimento de todas as irregularidades na Raríssimas. Segundo a estação de Queluz, que cita uma carta enviada pelo ex-tesoureiro da Raríssimas, Jorge Nunes, em que pedia a intervenção de Vieira da Silva, o ministro já tinha conhecimento das irregularidades nas contas da associação solidária.

Jorge Nunes terá também pedido uma inspeção do Instituto da Segurança Social à Raríssimas em, pelo menos, três cartas datadas de 9 agosto, 15 e 21 de setembro. Todas sem resposta, tanto da parte do Instituto da Segurança social como da tutela.

A primeira reação oficial às irregularidades descobertas pela TVI surgiu no domingo. Em comunicado, o Ministério da Segurança Social disse que vai “avaliar” os factos relatados e que vai agir “em conformidade”.

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