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Reabertura da economia leva comércio eletrónico a cair 25% (com áudio)

“Apesar do mês de julho ter mantido a tendência, agosto apresenta sinais de uma retoma promissora para quase todos os negócios do sector digital”, revela a fintech euPago.
11 Agosto 2021, 07h50

A economia reabriu no início de abril, com as lojas a terem a oportunidade de abrir portas aos seus consumidores, ainda que com regras apertadas. Ao mesmo tempo que a economia portuguesa se relançava no pós-confinamento, as vendas em plataformas de comércio eletrónico caiam 25%.

A fintech portuguesa euPago, especializada em serviços de pagamento, sustenta que as vendas online no mercado português caíram 25% no mês de junho, comparativamente a março do presente ano.

“Esta queda acentuada poderá ser explicada pelo fim de muitas medidas restritivas da liberdade de circulação e pela abertura das lojas físicas, que permitiram que os portugueses retomassem alguns dos seus hábitos de consumo tradicionais”, aponta a euPago.

A análise da fintech englobou 200 clientes com comércio online e sustenta que o cenário é geral.

A descida abrupta do volume de negócios foi refletida em todos os meios de pagamento, inclusive multibanco e MB Way, que representam atualmente 85% do volume de transações dos clientes. O MB Way registou uma quebra de 13% no número de transações entre março e junho de 2021 mas continua a ser o meio de pagamento que mais cresce em Portugal.

“Apesar do mês de julho ter mantido a tendência, agosto apresenta sinais de uma retoma promissora para quase todos os negócios do sector digital”, revela a fintech. “Tendo em conta os dados verificados nos primeiros dias do mês, é expectável que o volume de faturação destes clientes ascenda aos 40 milhões de euros (mais oito milhões do que em junho) e o número de transações aumente cerca de 40%”, declara.

Num ano conforme, o mês de setembro atinge um crescimento de 10% face a agosto, sendo o aumento impulsionado pelo fim das férias e o regresso das aulas.

Caso o mesmo comportamento se verifique, os comerciantes vão faturar 50% mais do que em junho, um crescimento significativo em apenas três meses, perspetiva a euPago, apontando que será “fundamental para atenuar os efeitos da pandemia na economia portuguesa e nos comerciantes”.

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