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Recapitalização da Caixa “foi um excelente investimento para Portugal”, diz Mourinho Félix

Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, disse que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos foi um êxito. “Voltou a entregar dividendos aos portugueses porque voltou a ter capital e voltou a ser sustentável”, explicou.
  • Cristina Bernardo
30 Janeiro 2020, 19h42

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, considerou que a  recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi “um caso de sucesso” e que traduziu o esforço do governo em estabilizar o setor bancário nacional.

Nos últimos cinco anos, o setor melhorou. “Em 2015 havia bancos à beira da resolução, havia bancos com sérios problemas na estrutura acionista e um fundo de resolução à beira da falência”, lembrou o secretário de Estado.

“Tivemos de fazer a resolução do Banif em apenas três semanas, recapitalizámos a CGD em pouco mais de um ano. Criámos condições para a venda do Novo Banco em dois anos e assegurámos a sustentabilidade do Fundo de Resolução (FdR)”, vincou, no discurso que marcou o encerramento do “Banking Summit 2020 – Que banca queremos para Portugal”, organizado pela Associação Portuguesa de Bancos e que se realizou esta quinta-feira na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

A recapitalização da CGD foi inédita, disse o Mourinho Félix. “Pela primeira vez na Europa, um banco público, a CGD, foi capitalizado fora do contexto dos auxílios do Estado. Um caso pioneiro e, sem dúvida alguma, um caso de sucesso”.

E explicou que hoje o banco público, liderado por Paulo Macedo, “tem um modelo de governação reforçado, voltou a ter as condições necessárias para financiar a economia, o investimento e os melhores projetos empresariais, aqueles que criam valor para Portugal e emprego de qualidade”.

O banco do Estado, que apresenta resultados esta sexta-feira, “voltou a entregar dividendos aos portugueses porque voltou a ter capital e voltou a ser sustentável”.

“Hoje a CGD tem uma missão clara e cumpre o plano estratégico definido pelo acionista ultrapassando mesmo muitos dos indicadores do plano estratégico”, disse Mourinho Félix.

“Hoje tem rácios de capital robustos porque está mais eficiente e implementou um plano de redução do crédito malparado que lhe permite estar em condições de baixar o rácio bruto dos NPLs para um valor inferior a 5% e rácio líquido de NPLs para um valor inferior a 2%.”

Sobre a recapitalização da CGD, Ricardo Mourinho Félix concluiu que “foi um bom investimento dos portugueses, mas sobretudo foi um excelente investimento para Portugal”.

O secretário de Estado mencionou ainda a venda do Novo Banco à Lone Star e salientou que esse processo “teve um papel decisivo na estabilização do sistema financeiro”.

Além disso, a venda do Novo Banco, liderado por António Ramalho, contribuiu para acelerar “o processo de recuperação e de confiança de Portugal. A venda do Novo Banco foi essencial para a redução das taxas de juro de Portugal, como alias foi reconhecido por todas as entidades que acompanham a economia portuguesa”, concluiu Ricardo Mourinho Félix.

 

 

 

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