[weglot_switcher]

Receita da Easyjet para um aeroporto de Lisboa constrangido: usar aviões maiores

A companhia britânica está a investir em aviões maiores. Por voo, representa mais 80 passageiros.
26 Setembro 2022, 12h10

Falta de capacidade no aeroporto de Lisboa? A Easyjet não parece estar muito preocupada, neste momento, com esta questão.

Com 18 novas slots diárias no bolso, a companhia acredita que o constrangimento no Humberto Delgado pode ser ultrapassado, em parte, através do investimento em aviões maiores.

“O mercado português é muito importante para nós. Estamos felizes de termos mais slots”, começou por dizer o presidente executivo da companhia aérea esta segunda-feira.

“Vamos continuar a expandir a nossa presença em Lisboa. Estamos a acrescentar mais Airbus A321s”, acrescentou Johan Lundgren.

O responsável explicou como pretende ultrapassar a falta de capacidade em Lisboa: “Mesmo em aeroportos com constrangimentos, temos a oportunidade de expandir a nossa presença: passar dos A319 para os A320 e A321”, explicou em declarações aos jornalistas à margem de um evento na sua base em Luton, 50 quilómetros a norte de Londres.

Qual a diferença entre um ‘velhinho’ A319 (a maioria da frota atual), um A320 (já em uso) e os ‘novinhos em folha’ A321 (apenas uns poucos acabaram de entrar ao serviço): os A319 transportam 156 passageiros; os A320 variam entre os 180 a 186 pessoas; já os A321 transportam 235 passageiros.

“Conseguimos expandir a nossa presença, atualizando os aviões”, reforçou. Resumindo, os A321 são aviões maiores que transportam mais pessoas, um ganho de 80 passageiros por voo.

“Temos 99 A319 na frota, todos eles serão removidos num período de cinco anos, substituídos por A321”, rematou.

A companhia aérea britânica ‘low cost’ apresentou hoje o seu novo plano de sustentabilidade para as próximas épocas: até 2035 pretende reduzir as emissões poluentes até 35%. Até 2050, que reduzir em 78%.

Para atingir este fim, a companhia vai usar vários meios: investir em mais aviões que gastam menos combustível; usar combustível sustentável (SAF) – que permite juntar ao combustível normal (jetfuel) e assim reduzir as emissões poluentes; desenvolver um motor movido a hidrogénio verde em parceria com a Rolls Royce.

*O jornalista viajou para Luton a convite da Easyjet

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.