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Receitas da Tencent crescem 11% no primeiro trimestre

O grupo Tencent, que detém a popular aplicação Wechat e é um dos maiores produtores do mundo de jogos de computador, anunciou um aumento das receitas entre janeiro e março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 150 mil milhões de yuan (19,3 mil milhões de euros).
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18 Maio 2023, 08h23

As receitas do grupo de tecnologia chinês Tencent aumentaram 11% no primeiro trimestre do ano, à medida que a segunda maior economia do mundo retoma a atividade, após desmantelar a estratégia ‘zero casos’ de covid-19.

O grupo Tencent, que detém a popular aplicação Wechat e é um dos maiores produtores do mundo de jogos de computador, anunciou um aumento das receitas entre janeiro e março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 150 mil milhões de yuan (19,3 mil milhões de euros).

O lucro líquido aumentou 10%, para 25,8 mil milhões de yuan (3,3 mil milhões de euros).

As receitas da Tencent caíram 1%, no ano passado, o primeiro declínio anual registado pelo grupo, devido às medidas altamente restritivas implementadas por Pequim, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, que levaram à paralisação da atividade económica.

O crescimento da plataforma de vídeo Douyin (Tik Tok fora da China), desenvolvido pela rival ByteDance, também desviou gastos com publicidade do WeChat.

A Tencent sinalizou uma recuperação nos gastos com publicidade ‘online’, com as receitas a subir 17%, no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, à medida que os cerca de 1,3 mil milhões de utilizadores do WeChat passaram também a consumir vídeos na secção “Channels” da aplicação.

A empresa, que tem um valor de mercado de 420 mil milhões de dólares (387 mil milhões de euros), também está a recuperar de uma campanha lançada por Pequim para conter o poder e a influência dos grupos tecnológicos.

A campanha envolveu pesadas multas por práticas monopolistas e a restrição do tempo que menores de idade podem passar a jogar ‘online’. Os reguladores chineses deixaram também de aprovar licenças para a emissão de novos jogos.

No ano passado, o grupo diminuiu o ritmo de investimento em empresas emergentes e começou a reduzir as participações em tecnológicas chinesas, incluindo no grupo de comércio eletrónico JD.com e no líder em entregas ao domicílio Meituan.

“O ambiente regulatório continua a tender para a regulação normalizada”, disse o presidente da Tencent, Martin Lau. “Na verdade, o governo está muito focado no desenvolvimento económico”, observou.

O diretor executivo Pony Ma disse que o grupo está agora a investir na inteligência artificial generativa.

“Estamos a ter um bom progresso”, disse Martin Lau, sem avançar mais detalhes. Ele observou que a inteligência artificial vai provavelmente ajudar a reduzir os custos de alguns dos negócios da Tencent, como o desenvolvimento de jogos.

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