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Receitas totais da Vodafone Portugal crescem 0,6%, para 277 milhões entre outubro e dezembro

Empresa diz que o negócio continuou a ser penalizado pela pandemia, entre outro e dezembro. Mesmo assim, a Vodafone Portugal salienta que o segmento fixo manteve “um impulso comercial significativo”, crescendo 10,7%. Já o negócio móvel contraiu 4,4%.
  • Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal
3 Fevereiro 2021, 09h09

A Vodafone Portugal encerrou o terceiro trimestre fiscal para o período 2020-2021 uma receita total de 277 milhões de euros. De outubro a dezembro, o ganho total da empresa liderada por Mário Vaz cresceu 0,6%, em termos homólogos. Já as receitas dos serviços recuaram 0,1%, estabilizando nos 247 milhões de euros, anunciou a empresa de telecomunicações esta quarta-feira.

Em comunicado, a empresa salienta que a atividade “continuou a ser impactada pela pandemia da Covid-19”, embora garanta que o principal indicador de negócio (receitas de serviços) “mostrou-se resiliente face à conjuntura desafiante”.

“Esta evolução foi fortemente impactada no trimestre em análise, face ao mesmo período do ano anterior, pelo recuo das receitas de roaming, dos visitors [turistas] e da venda de cartões pré-pago, fruto dos efeitos da crise pandémica”, lê-se.

Entre julho e setembro, as receitas totais tinham ascendido a 278 milhões de euros e as receitas de serviços totalizavam 255 milhões de euros.

Apesar da desaceleração registada no negócio, a Vodafone Portugal diz que a base de clientes de televisão por subscrição subiu 10,7%, em termos anuais, para 735 mil. E nota que o segmento fixo manteve “um impulso comercial significativo durante o terceiro trimestre do ano fiscal 2020-2021”.

“Num contexto de obrigatoriedade do trabalho remoto, em que a qualidade da banda larga fixa é especialmente relevante, a Vodafone Portugal manteve um notável desempenho no negócio fixo”, lê-se. Assim, a “base de clientes de banda larga totalizou 799 mil (mais 9,8% em termos anuais)”.

A empresa liderada por Mário Vaz justifica o impulso pelo reconhecimento do mercado perante “as características diferenciadoras e a competitividade da oferta, bem como a qualidade do serviço”.

No segmento móvel, o número de clientes totais da Vodafone Portugal fixou-se em cerca de 4,54 milhões (-4,4% em termos anuais)”.

A Vodafone revela, ainda, que no final de dezembro a sua rede de fibra ótica alcançava 3,7 milhões de lares e empresa, em Portugal, o que representa um crescimento de 8% em termos anuais.

Em outubro de 2020, a Vodafone e a NOS assinaram um acordo de ativos móveis em Portugal, “o qual vai permitir um desenvolvimento mais rápido e eficiente das redes móveis em todo o país”, reitera a empresa.

Mário Vaz antevê “tempos cinzentos” no sector
No mesmo comunicado é citado o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz. Apesar dos resultados financeiros ou operacionais, o gestor prefere “realçar que este foi mais um trimestre” em que a empresa procurou garantir “a resiliência das nossas redes móvel e fixa de última geração, mediante um acompanhamento constante da evolução dos volumes de utilização e implementação de planos de reforço sempre que necessários”. Isto, diz, “em benefício” dos clientes, tendo em conta a conjuntura pandémica e os aumentos de tráfego nas comunicações eletrónicas.

Ao mesmo tempo, o CEO da Vodafone Portugal recorda que o terceiro trimestre ficou marcado pelo início do leilão do 5G, sublinhando que a “oportunidade única” foi identificada”. Contudo, considera que a nova rede móvel, essencial para a aceleração do desenvolvimento tecnológico, fica marcada “como um momento de litigância e de pronúncio de tempos cinzentos para o futuro deste setor”.

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