A ESGRA – Associação para a Gestão de Resíduos reportou, esta sexta-feira, um aumento de 5% da recolha seletiva trifluxo (ecoponto amarelo, verde e azul) em 2022.
O vidrão foi o ecoponto que registou o maior aumento, com 8% mais vidro do que em 2021, seguido pelo ecoponto amarelo, com um crescimento de 4% e, por último, o azul teve um aumento de 2%.
Os números refletem o esforço dentro deste sector, que tem vindo a debater-se com a falta de políticas públicas aplicadas ao mesmo, refere a associação num comunicado enviado à imprensa.
“Estes resultados positivos resultam de um enorme esforço e investimento por parte dos Sistemas de Gestão de Resíduos, que se debatem com o modelo vigente de subfinanciamento e carência de políticas públicas aplicáveis ao sector que presta um serviço público de proteção do ambiente e da saúde pública”, refere a entidade na mesma nota, acrescentando que “tem alertado e reivindicado junto dos sucessivos membros do Governo responsáveis pela área do Ambiente que o atual modelo de financiamento e de custos não permite a cobertura dos gastos com a recolha seletiva de resíduos e não estimula suficientemente a adoção de boas práticas de prevenção e gestão dos resíduos pelos cidadãos”.
A ESGRA sublinha ainda que Portugal “carece da revisão das políticas públicas para o sector e uma oportunidade para tal é o novo Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos – PERSU 2030, que tarda e se aguarda com expectativa”.
Atualmente a associação representa 16 entidades, 14 das quais são Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU), no continente e nas regiões autónomas. Internacionalmente está associada à Municipal Waste Europe (MWE), Associação Europeia para a Gestão de Resíduos, sediada em Bruxelas.