Reclamações contra o Ministério da Educação disparam por causa das greves

O número de queixas contra o Ministério da Educação cresceu 400% no arranque do ano, período marcado pelas greves dos professores e consequentes constrangimentos para milhares de alunos, pais e encarregados de educação.

As greves dos professores e os constrangimentos a elas associadas estão a fazer disparar o número de queixas contra o Ministério da Educação. Com milhares de escolas fechadas, alunos, consequentemente, sem aulas e “pais desesperados”, as reclamações contra a tutela aumentaram cerca de 400%, no primeiro mês do ano face ao mesmo período do último ano, indica esta quinta-feira o Portal da Queixa.

O pessoal docente está em greve desde o início de dezembro e, apesar das várias rondas negociais já encetadas, a tranquilidade não parece ainda estar à vista. Os protestos dos professores prendem-se com a revisão do regime dos concursos de colocação, a recuperação do tempo de serviço congelado, a aposentação, a mobilidade por doença e a precariedade, temas em que o Governo ainda não conseguiu apresentar propostas que sejam consideradas satisfatórias pelas estruturas sindicais.

Assim, muitas escolas têm estado fechadas e há já pais e encarregados de educação “indignados com os constrangimentos que a situação está a gerar”, relata o Portal da Queixa, que revela que, desde o início do ano, têm chegado inúmeras reclamações contra o Ministério da Educação. Mais concretamente, entre 1 de janeiro e 8 de fevereiro, as queixas contra a tutela dispararam, em termos homólogos, 400%.

Destas, mais de 50% estão relacionadas com a greve dos docentes e com os constrangimentos resultantes da situação de paralisação, é detalhado. E sobre os principais motivos das reclamações dirigidas ao Ministério da Educação, “aferiu-se que 53% aponta a greve dos professores e o impasse gerado com a tutela como a causa do problema exposto na plataforma e 34% das queixas refere-se à falta de professores para lecionar.”

De resto, diz o Portal da Queixa, o número das reclamações dirigidas ao Ministério da Educação já vinha a registar uma variação crescente: em 2021, foram apresentadas 332 reclamações e, no ano passado, foram registadas 357 queixas.

Ainda assim, o Ministério da Educação é uma das entidades públicas com uma boa performance pelo Índice de Satisfação, que está avaliado pelos consumidores em 70.7 (em 100). Por outro lado, a taxa de resposta é de 85,5%, aponta o Portal da Queixa.

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