O número de reclamações dirigidas à CP – Comboios de Portugal registou, um aumento de 66% este ano, face a 2021, revela uma análise do Portal da Queixa com dados até 29 de novembro. Atrasos e supressões de comboios, falta de informação, problemas com compra de bilhetes e más condições são as principais queixas dos consumidores.
Os trabalhadores da CP cumprem esta quarta-feira (a par dos profissionais da Infraestruturas de Portugal) uma paralisação de 24 horas que, até às 08h00, suprimiu 143 comboios, devendo assim aumentar ainda mais o registo de queixas. Em causa está a reivindicação do cumprimento do acordo de empresa e um prémio financeiro para mitigar os efeitos da inflação.
“Entre os dias 1 de janeiro e 29 de novembro deste ano, os consumidores registaram 281 reclamações dirigidas à CP, o que significa um crescimento de 66% do número de queixas, em relação ao período homólogo de 2021, onde os portugueses apresentaram apenas 169 queixas”, esclarece o comunicado do Portal da Queixa.
Os atrasos nos comboios ou comboios suprimidos absorvem 41% do total das queixas; a falta de informação acolhe 24%; os problemas com a compra online de bilhetes (16%) e más condições, 15% das denúncias registadas.
“A página da CP no Portal da Queixa traduz o nível de insatisfação dos consumidores perante o serviço, uma vez que apresenta um Índice de Satisfação pontuado em 12.5 em 100 e, nos últimos 12 meses, a média da avaliação de satisfação dos utilizadores é de 1.3 em 5. A Taxa de Resposta da CP é de 7,1% e a Taxa de Solução de 7,4%. Indicadores estes que espelham a baixa performance da empresa na resposta e resolução aos problemas que lhe são reportados”, lê-se na nota.