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Refugiados recebidos por pró-russos. Marcelo defende ser preciso “alargar” investigação

“Este é um fenómeno muito recente”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que “estamos a tratar de uma realidade de há menos de três meses”.  
2 Maio 2022, 16h45

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta segunda-feira, 2 de maio, a necessidade de se alargar a investigação e deixar nas mãos das autoridades competentes o caso em que refugiados ucranianos foram recebidos por pró russos na câmara de setúbal.

Em entrevista aos jornalistas Marcelo defendeu deixar às “autoridades competentes” quer do “ponto de vista administrativo, quer do ponto de vista judicial de por ventura entender se há violação da legalidade”.

Para o Chefe de Estado “é importante alagar uma investigação”. “Este é um fenómeno muito recente”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que “estamos a tratar de uma realidade de há menos de três meses”.

“Não havia a noção exata do que se estava a passar  por isso é que se vai apurar o alcance do que se passou. Se é um caso, se são muitos casos, quantos casos em que casos, em que instituições, se o poder local”, sublinhou o Marcelo.

O Presidente lembrou ainda que “a constituição portuguesa prevê o respeito pela privacidade das pessoas e pelos dados que traduz essa privacidade. Isso aplica-se aos portugueses, aplica-se aqueles que não sendo portugueses residem em Portugal, aplica-se aos migrantes e refugiados”.

Quanto à resposta das instituições, Marcelo considerou que só “prestigia” ter existido uma resposta imediata e reforçou ser preciso “verificar se são erros, se são mais do que erros e depois atuar em conformidade “.

No final da semana passada o jornal “Expresso” noticiou que refugiados ucranianos foram recebidos por pró-russos no gabinete de apoio da autarquia comunista de Setúbal.

Entretanto, o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal já alertou que, para além de Setúbal, também Aveiro, Gondomar e Albufeira estão a permitir que organizações pró-russas recebam refugiados ucranianos.

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