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“Regra é ficar em casa”. António Costa anuncia confinamento geral a partir de 00h00 de sexta-feira

Após reunião do Conselho de Ministros, António Costa anunciou o endurecimento das medidas de restrição para conter os contágios por Covid-19. Medidas irão entrar em vigor às 0h00 de 15 de janeiro.
  • Tiago Petinga/Lusa
13 Janeiro 2021, 18h45

O primeiro-ministro António Costa anunciou esta quarta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, um confinamento geral que irá começar às 0h00 de dia 15 de janeiro e manter-se-á até às 23h50 de 30 de janeiro, mas que não irá implicar o fecho das escolas e irá possibilitar a ida às urnas a 24 de janeiro, data das eleições presidenciais.

António Costa realçou que as medidas são praticamente iguais ao confinamento de abril de 2020, com exceção para os estabelecimentos escolares, que se irão manter abertos, mas também para o dia da ida às urnas a 24 de janeiro.

O chefe do Governo realçou que “devemos regressar ao dever do recolhimento domiciliário tal como fizemos em abril, quando aconteceu a primeira vaga”.

“Este é daqueles momentos em que temos de nos mobilizar em termos de comunidade, tal como fizemos em 2020. Temos que nos unir para travar o crescimento da pandemia, esmagar a curva, salvar vidas, proteger o Serviço Nacional de Saúde”, realçou o primeiro-ministro.

Portugal registou esta quarta-feira novo recorde de mortes e casos por Covid-19 nas últimas 24 horas: 156 vítimas mortais e 10.556 infeções. Desta forma, foi ultrapassada a barreira do meio milhão de casos. As autoridades sanitárias contabilizaram mais 4.460 pessoas recuperadas nas últimas 24 horas, elevando para 382.544 o número total de pessoas livres do vírus.

Marcelo renova Estado de Emergência

O Presidente da República decretou esta quarta-feira a modificação do estado de emergência em vigor, a partir de quinta-feira, e a sua renovação por mais quinze dias, até 30 de janeiro, para permitir medidas de contenção da Covid-19.

“A renovação do estado de emergência até às 23:59 do dia 30 de janeiro, que acabo de assinar, depois de viabilizada, face à gravidade da situação, por mais de 90% dos deputados, tem um fim muito urgente e preciso: tentar conter e inverter o crescimento acelerado da pandemia, visível, nos últimos dias, em casos, internamentos, cuidados intensivos e, ainda mais, em mortos”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet.

Na mesma mensagem, o Presidente da República considera que é necessário “tentar obter resultados palpáveis no mais curto espaço de tempo possível, não deixando que a pandemia entre, ao nível do patamar existente, em fevereiro e março”.

A Assembleia da República autorizou hoje esta declaração do estado de emergência com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN, uma maioria alargada face às votações anteriores realizadas em novembro, dezembro e no início deste mês, em que apenas socialistas e sociais-democratas tinham votado a favor.

(em atualização)

 

 

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