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Reino Unido começa a testar hidroxicloroquina

Tanto Jair Bolsonaro como Donald Trump apoiam o uso deste medicamento para a Covid-19, apesar de não existirem evidências científicas que comprovem que pode ser usado nos casos de coronavírus.
21 Maio 2020, 11h56

As universidades de Brighton e de Oxford, no Reino Unido, começaram um estudo para averiguar se dois medicamentos usualmente utilizados no tratamento da malária são eficazes no tratamento da Covid-19.

Cloroquina, hidroxicloroquina ou um placebo, uma substância neutra para efeitos de testagem, serão administrados a mais de 40.000 profissionais de saúde da Europa, África, Ásia e América do Sul, segundo a BBC.

As inscrições começam esta quinta-feira, dia 21 de março, nos hospitais da Universidade de Brighton e Sussex e no hospital John Radcliffe, em Oxford. Os participante receberão hidroxicloroquina ou um placebo durante três meses, enquanto na  Ásia os participantes receberão cloroquina ou um placebo. Qualquer pessoa pode participar no estudo desde que não tenha contraído a Cvid-19

São esperados resultados até ao final do ano e um dos objetivos deste estudo é provar se efetivamente a medicação usada para tratar a malária também pode impedir que os profissionais de saúde expostos ao vírus o contraiam.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que se tem demonstrado a favor do uso de hidroxicloroquina, revelou estar a consumir o medicamento para evitar a infeção por coronavírus, apesar das autoridades de saúde pública já terem referido que este não é um procedimento adequado ou recomendável.

No Brasil, Jair Bolsonaro também aprova o consumo de hidroxicloroquina e já disse que o ministro da Saúde ia criar novas diretrizes para expandir o uso do medicamento anti-malária no tratamento da Covid-19, embora o medicamento ainda não tenha sido reconhecido como um remédio eficaz.

Sobre o medicamento, a diretora geral de Saúde Graça Freitas disse que “o que nós sabemos é que este medicamento é como tantos outros: tem indicações, tem contraindicações e uma relação risco/benefício. A nível europeu, este medicamento é muito acompanhado quer pela EMA (Agência Europeia do Medicamento) e em Portugal existe a mesma atenção por parte do Infarmed. A sua eficácia e qualidade são alvo de constante acompanhamento”.

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