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Reino Unido, Espanha e Brasil são os países das ‘startups’ vencedoras do Blue Bio Value

As ‘startups’ vencedoras desta iniciativa promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação Oceano Azul (controlada pelo Grupo Jerónimo Martins) são a espanhola Ficosterra, a britânica Ufraction8 e a brasileira Biosolvit.
9 Novembro 2019, 16h56

A segunda edição do Blue Bio Value, um programa de aceleração para a bioeconomia azul, decidiu que as ‘startups’ vencedoras são a espanhola Ficosterra, a britânica Ufraction8 e a brasileira Biosolvit.

A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian são as entidades promotoras do programa de aceleração Blue Bio Value.

“Este programa de aceleração, que promove o desenvolvimento de competências de gestão de negócios, é desenvolvido em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures. Com uma duração de cinco semanas, o programa atribui às empresas vencedoras um total de 45 mil euros, para que possam desenvolver os seus projetos”, adianta um comunicado das duas fundações.

De acordo com essa nota, “a Ficosterra, ‘startup’ espanhola, leva a biotecnologia para a agricultura, produzindo biofertilizantes e bioestimulantes através de algas e micro-organismos complexos, com o objetivo de regenerar o solo, estimular culturas, melhorar a produtividade e aumentar a resistência das plantas ao stress ambiental”.

Por seu turno, “a britânica Ufraction8 centra-se na sustentabilidade de processos através de uma tecnologia de bioprocessamento escalável, com elevada eficiência, redução de consumo energético, focada em soluções sustentáveis e inovadoras para indústrias de processamento de vários biorrecursos, como algas.

Por fim, “a brasileira Biosolvit desenvolve produtos sustentáveis destinados à absorção de qualquer derivado de petróleo em terra ou no mar. Orgânicos ou sintéticos os seus produtos também permitem o reaproveitamento do material absorvido.

Na cerimónia de encerramento do programa, que decorreu esta semana em Lisboa, José Soares dos Santos, fundador e presidente da Fundação Oceano Azul, salientou o potencial que este setor da biotecnologia do mar tem para o desenvolvimento da economia azul de Portugal. “Esta economia necessita de um estímulo forte, e o crescimento do setor da biotecnologia é a avenida mais auspiciosa para gerar esse estímulo”, defendeu este responsável

Na mesma ocasião, Guilherme d’Oliveira Martins, administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, referiu que “estas empresas são a prova viva de que a bioeconomia azul vem impulsionar o crescimento sustentável em vários países, indústrias e cadeiras de valor”.

“O oceano tem um papel fundamental no combate aos grandes desafios societais da atualidade, tais como as alterações climáticas ou a escassez de bens alimentares, e estamos muito comprometidos em reforçar o crescimento destas ‘startups’ de impacto”, assinalou Guilherme d’ Oliveira Martins.

Segundo a nota informativa veiculada pelas duas fundações promotoras, “nesta segunda edição, o programa de aceleração Blue Bio Value recebeu mais de 110 candidaturas, das quais foram selecionadas 15 ‘startups’ provenientes de nove países (Portugal, Espanha, Dinamarca, Suíça, Itália, Canadá, Brasil, Reino Unido e India)”.

“Em 2018, a primeira edição do programa Blue Bio Value acelerou 13 empresas de seis nacionalidades e contou com o envolvimento de mais de 40 mentores. Dos projetos participantes, foram premiadas três empresas: uma holandesa e duas portuguesas”, adianta o referido comunicado.

A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian assumiram o compromisso de investir pelo menos um milhão de euros nos três anos de implementação do programa Blue Bio Value.

 

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