Nadhim Zahawi, antigo ministro britânico e atual líder do Partido Conservador no Reino Unido, revelou este sábado que a autoridade tributária do país concluiu que os erros que cometeu a nível fiscal nas suas finanças pessoais não foram deliberados, mas, antes, descuidos. O político fez este esclarecimento depois de ter sido noticiado que pagou vários milhões de libras ao Fisco britânico em dezembro, neste âmbito.
Segundo explica Nadhim Zahawi num comunicado citado pelo The Guardian, o incumprimento em questão diz respeito à empresa de sondagens que ajudou a fundar, a YouGov.
“Há 21 anos, co-fundei a empresa chamada YouGov. Quando arrancamos, não tinha dinheiro nem experiência para avançar sozinho. Por isso, pedi ajuda ao meu pai. Nesse processo, ele adquiriu ações no negócio, como fundador, em troca de algum capital e da sua orientação valiosa”, conta o político.
“Vinte e um anos depois, quando fui nomeado ministro das Finanças [do Reino Unido], foram levantadas questões sobre a minha situação fiscal. Discuti-as, na altura, com o Conselho de Ministros”, relata o mesmo, que adianta que, na sequência de conversas com o Fisco britânico, foi concluído que o pai tem mesmo direito às referidas ações. A autoridade tributária discordou, contudo, da “alocação exata”.
“Concluíram que isto foi um erro ‘imprudente, mas não deliberado’”, defende-se este sábado o presidente dos tories, que garante que já pagou o montante que o Fisco concluiu estar em dívida. Não revela, porém, o valor em questão, ainda que a imprensa sinalize que terão sido vários milhões de libras.
Antigo ministro de Boris Johnson, Nadhim Zahawi exerce atualmente os cargos de presidente do Partido Conservador e de secretário de Estado sem pasta, que lhe permitem ter um lugar no Conselho de Ministros do Governo de Rishi Sunak.