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Reino Unido: quebra na produção de bens alimentares pode levar a subida de preços

As prateleiras vazias podem ser um cenário mais frequente nas superfícies comerciais do Reino Unido. Quebras nas produções e no consumo e aumento de custos na energia, combustíveis, e laborais são alguns dos fatores que têm contribuído para este cenário.
28 Março 2023, 09h35

O Reino Unido tem sofrido uma quebra não só na produção de bens alimentares como também um cenário de descida no consumo, conforme conta a Reuters. Para além de prateleiras vazias serem um cenário cada vez mais mais habitual, esta conjuntura pode também levar a uma nova disparo dos preços para compensar prejuízos, estimam os analistas.

A agência noticiosa sublinha que o Reino Unido tem sofrido o maior aumento nos preços dos bens alimentares desde 1977.

Um dos responsáveis de uma associação de produtores do Reino Unido, Jack Ward, alertou que existe um “limite” para o qual os produtores podem acumular prejuízos, citado pela Reuters.

Entre os produtos que têm faltado nas prateleiras do Reino Unido estão o tomate, o pepino e especiarias, refere a Reuters.

O Reino Unido tinha por hábito importar cerca de 95% do tomate mas esse valor caiu para os 40%.

Isto deve-se não só a problemas nos produtos importados de África, mas também à subida dos custos desses produtos quando são importados em mercados como Espanha, apesar da quantidade adquirida ser menor.

À lista de produtos que podem faltar nas prateleiras pode-se acrescentar a cenoura e a couve-flor. A isto junta-se por exemplo o racionamento que já foi feito nos ovos.

A Reuters refere que o Reino Unido importou, em janeiro, a menor quantidade de vegetais, desde 2010, para o mesmo período do ano.

“Existe um risco real de que as prateleiras vazias se tornem mais frequentes”, disse a presidente da união de agricultores, Minette Batters, citada pela Reuters.

Existe a expetativa no sector de que a produção de ingredientes para saladas atinja o nível mais baixo desde 1985, conforme diz a Reuters.

Uma das associações representantes do sector refere que normalmente as margens das empresas do sector se situa entre os 1% e 2% mas que este ano já caíram para valores negativos devido aos custos da energia, combustíveis, e laborais.

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