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Boris Johnson enfrenta duras críticas pela gestão da pandemia

O governo de Boris Johnson não se livra das críticas em relação à forma como está a combater a pandemia. Desta vez, é acusado de não fazer o número necessário de testes para ter uma imagem real do problema no país.
  • DR Daniel Leal-Olivas/ REUTERS
1 Abril 2020, 13h30

O número de mortos pela pandemia de Covid-19 no Reino Unido somou mais 381 num único dia, o de ontem, com o número total a ascender aos 1.789, num quadro em que mais de 25 pessoas testaram positivo para o vírus.

Os críticos da forma como o governo de Boris Johnson está a atuar sobre as consequências da pandemia não param de encontrar novos motivos para admoestar o primeiro-ministro. Depois de ter ficado claro que o governo tardou em avançar com o confinamento, Jonhson é agora acusado de não promover os testes em número suficiente para o país saber qual é a real intromissão do vírus no país.

Assim, o governo britânico fez saber que testará 25 mil pessoas por dia para infeção por Covid-19 dentro de duas semanas, afirmou o ministro da Habitação Robert Jenrick, citado pelo jornal ‘The Guardian’.

Downing Street está a enfrentar duras críticas sobre a falta de testes em comparação com outros países, com apenas 143.186 realizados até o momento – a Alemanha está a testar cerca de 70 mil pessoas por dia.

“Dissemos que esperamos estar nesses número em meados de abril. Pensamos que em poucos dias poderemos passar da nossa capacidade atual de 12.750 para 15 mil – é um aumento significativo, mas ainda não é o que queremos”, disse o ministro.

E acrescentou: “em meados de abril chegaremos aos 25 mil. Mas para já temos testes suficientes, e este é um ponto importante que é preciso destacar, para testar não apenas os pacientes em terapia intensiva, mas para começar a testar as equipas do sistema nacional de saúde, o que é obviamente absolutamente essencial”.

Aqui reside precisamente outra das críticas endereçadas ao executivo: a linha da frente do serviço público está a entrar em colapso e os seus médicos, enfermeiros e restante pessoal envolvido não estão a ser testados como seria suposto – o que coloca pressão adicional sobre um sistema que está já tremendamente sobrecarregado.

 

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