[weglot_switcher]

Reino Unido também abandona programa Erasmus como parte do acordo do Brexit

O Reino Unido abandonará também o programa Erasmus como parte do acordo agora atingido para a saída da União Europeia, uma decisão “difícil”, salienta Boris Johnson, mas para a qual o país apresentará já uma alternativa.
  • Neil Hall / EPA
24 Dezembro 2020, 17h14

Uma das consequências do acordo alcançado entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido para um Brexit ordenado é a impossibilidade dos estudantes britânicos aproveitarem o programa Erasmus de intercâmbio estudantil. Confrontado com a decisão, Boris Johnson justificou-a com o custo do mesmo, apesar de reconhecer a dificuldade de abandonar o programa.

O primeiro-ministro britânico, quando questionado sobre a saída do plano de mobilidade académica para os estudantes da UE, reconheceu que esta foi “uma decisão difícil”, mas apresentou uma alternativa: o Reino Unido prepara-se para criar o seu próprio programa de intercâmbio, o Turing, em homenagem ao matemático com o mesmo nome que desempenhou um papel crucial nos esforços de descodificação das comunicações secretas alemãs na II Guerra Mundial.

Boris Johnson aproveitou ainda para justificar esta parte do acordo de saída do país da UE, dizendo que o programa representava um custo demasiado elevado para os cofres do Tesouro britânico. Assim, o líder do Governo pede ao Partido Trabalhista que aprove o pacote, naquela que foi a última questão da conferência de imprensa da tarde de quinta-feira.

Após quatro anos e meio de duras negociações, o Reino Unido pode agora sair de forma ordenada da UE, um desfecho que se chegou a temer impossível dados os impasses em áreas chave como as pescas ou a política de concorrência justa. A partir de 1 de janeiro de 2021 fica oficializada a Europa a 27, já sem os britânicos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.