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Relógio do Apocalipse: estamos a dois minutos e meio do fim

O relógio simbólico utiliza uma analogia onde a humanidade está a “minutos para a meia noite”, que representa a destruição por uma guerra nuclear.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
26 Janeiro 2017, 23h48

Estamos a dois minutos e meio da meia-noite. O relógio do Apocalipse foi atualizado, esta quinta-feira, e pela primeira vez desde 1953 avançou 30 segundos. O responsável é Donald Trump, diz o comunicado da Bulletin of the Atomic Scientists no site.

“Donald Trump, fez comentários perturbadores sobre o uso e proliferação de armas nucleares e expressou incredulidade no esmagador consenso científico sobre a mudança climática. A decisão do conselho de alterar o relógio menos de um minuto inteiro – algo que nunca tinha feito antes” reflete isso, esclarece. 

O relógio do Apocalipse é um relógio simbólico que utiliza uma analogia onde a humanidade está a “minutos para a meia noite”, que representa a destruição por uma guerra nuclear. É atualizado todos os anos, com base nos acontecimentos mundiais, por especialistas da revista Bulletin of the Atomic Scientists. 

O diretor executivo da Bulletin of the Atomic Scientists, Rachel Bronson, disse que “as deliberações do Relógio deste ano são mais urgentes do que normal”.

Este ano, no 70º aniversário do relógio do Apocalipse, o grupo, entre o qual se conta 15 Prémios Nobel, avançou o relógio 30 segundos.

“Ao longo de 2016, a paisagem de segurança global escureceu quando a comunidade internacional não conseguiu enfrentar eficazmente as ameaças existenciais mais urgentes da humanidade, as armas nucleares e as alterações climáticas”, apontou a Bulletin of the Atomic Scientists. 

Bulletin of the Atomic Scientists foi fundado em 1945 por cientistas da Universidade de Chicago que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atómicas, criaram então o Relógio do Apocalipse dois anos depois, usando as imagens do apocalipse (meia-noite) e a explosão nuclear (a contagem decrescente para zero) para transmitir as ameaças à humanidade e ao planeta.

 

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