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Remodelação governamental atinge área da energia

O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, terá acompanhado o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, na saída do Executivo liderado por António Costa.
  • secretário de Estado da Energia
14 Outubro 2018, 20h54

A remodelação governamental hoje publicamente anunciada teve mais uma vítima, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches.

De acordo com uma notícia avançada pela SIC Notícias, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, acompanhou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, na saída do Executivo liderado por António Costa. Ainda não é conhecido publicamente o nome do sucessor de Jorge Seguro Sanches.

O cargo ganha maior relevância porque o novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que acumulará com as funções de ministro Adjunto, pediu escusa de gerir a área da energia por eventuais incompatibilidades por anteriormente desempenhado funções numa sociedade de advogados para empresas do setor energético.

O setor energético tem estado envolto em polémica há vários anos devido às chamadas rendas excessivas alegadamente cobradas pelas empresas, com destaque para a EDP, controlada pelos chineses da China Three Gorges.

Existe um diferendo judicial sobre esta questão no valor de 120 milhões de euros.

Ainda ontem, dia 13 de outubro, numas entrevista à TVI24, Eduardo Catroga, membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, reconhecia que “alguma indignação contra o Governo” no seio dos órgão sociais da EDP.

Com esta remodelação, António Costa criou uma nova pasta, precisamente da Transição Energética, que ficará sob a alçada direta do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Num comunicado a propósito da remodelação, o primeiro-ministro sublinha “a aposta na transição energética e na mitigação  das alterações climáticas”.

Diversos especialistas têm alertado para o facto de essa transição energética poder provocar um aumento das tarifas de eletricidade ao consumir final, se se basear nas energias eólicas, considerada mais cara que as outras alternativas.

Várias informações publicadas nos últimos dias davam conta de que a proposta do Orçamento do Estado para 2019 estaria a preparar a criação de uma taxa especial sobre as eólicas, uma iniciativa do secretário de Estado da Energia agora remodelado.

Já no Governo de Pedro Passos Coelho, um outro secretário de Estado da Energia, Henriques Gomes, não conseguiu resistir à pressão do ‘lobby’ energético, optando por se demitir.

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